quarta-feira, 29 de setembro de 2021

tempo suspenso

 


Uma cidade sem poesia não é nada

 Zeus meu deus arcaico marllarmélico mallarmaico me ensinou a entender no aramaico  meus desejos brazilíricos e  transformar as tragédias do bordel em manifestos bordelíricos

 Federika Lispector

Nem sei o que ela anda fazendo  hoje em meio a pernambucanos marxistas ela que nunca foi chegada a Marx e nunca leu O Capital ela que que em 1987 me namorou na Ciranda do Boi Cósmico e na hora de encarar o Arino na Pedra do Reino fugiu da Oficinas de Artes Cênicas da ETFC foi estudar matemática e morar em Niterói.

 

Artur Gomes

O Homem Com A Flor Na Boca

https://www.facebook.com/arturgomespoeta



Terra em Transe

Corpo Em Trânsito

 22 – 100 Anos Depois

 A tropicália comeu Oswald de Andrade, eu também li re-li devorei comi e também criei meu SerAfim, depois devorei comi o quinteto tropicanalista Tom Zé Caetano Gil Capinam Torquato. 

Acho que a minha antropofagia começou na Mostra Visual de Poesia Brasileira –


você tem fome de quê?

você tem sede de quê?

Eu tenho fome sede de V(L)ER.

 

Manifesto antropofágico – Oswald de Andrade

antropofagia – tropicália – o que será o que seria

roteiro para um filme de humor sarcástico – santa loucura santa nesse hospício do homem do pau brasil

 Macuaíma Versus Fuliaíma  - a febre criativa de Mário de Andrade     na lira  Paulistana de Artur Gomes

Intervenções ocupações parangolés de Hélio Oiticica

Caldeirão de Cultura pós tudo



tempo suspenso

 

caso descrevesse a fugaz aparição como

:

um fenômeno óptico meteorológico

separou a luz do sol do seu espectro

(aproximadamente) contínuo

e o brilho de sua luz sobre gotas de chuva

formou uma curvatura colorida

com as cores do espectro solar

 

tal esforço teórico

pouco diria da

ponte celeste, erguida

sobre o azul

arcoirisando a tarde

visão plena de beleza

 

entre

fenômeno atmosférico

x

carga simbólica

vale a lenda

             reencantamento

             tesouros

over the rainbow

 

                                                           dalila teles veras

in uma pausa na luta

coletânea – org. manoel ricardo de lima

mórula editorial – 2020

 

1

deus se recorda

como se fosse hoje

teria de fazer tudo em sete dias

e fez

e passamos a numerá-los

como conta de mentiroso

 

2

a maçã foi comida

a serpente voltou para a árvore

o jardim virou mato e ferrugem de planta.

era uma vez o paraíso

 

3

primeiro queimaram os livros

depois queimam os próprios homens

para apagar de vez a memória dos

livros

 

4

quando ana cristina césar

olhou naquela manhã pela janela

o céu de Copacabana

parecia um coberto azul

 

5

nossa senhora das flores

começa a colecionar miniaturas de genet

para suportar as madrugadas de insônia

 

6

trinta anos de hospício

e deus ainda hesita em voar

das mãos de camille claudel

 

7

depois que kurt schwiters morre em 1948

ana flor passa o resto da vida

tatuando borboletas no corpo

e voando sobre os campanários

 

Celso Borges

In pequenos poemas viúvos

OlhoD´Água Edições – 2020

 

Êxodo

I

vigília é uma onda de fósforo

que expõe névoa sobre névoa

 

vislumbra no espelho frio

os répteis do alvorecer

 

chuva sobre o deserto

sobre todos os inocentes

 

o mundo espia

 - o que sabem eles das papoulas¿

II

0 céu é imenso e tudo o que temos

São estrelas exiladas em silêncio

 

outras crianças solitárias

entre lágrimas derramadas

 

â noite – nós abraçamos

os bravos corações imortais

 

paraíso de ninguém

- onde ninguém se move

 

III

recordar do paraíso dos figos

das oliveiras ciprestes

 

dos pássaros que cantam hinos

das flores que nascem em granadas

 

é preciso recolher os pertences

antes que sequem os pastos das colinas

 

são olhares cruzando o deserto

- ao próximo voo¿

 

ziul serip

in nakba –  flor da ressurreição

Editora Lobo Azul – 2020




 

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Artur Gomes

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