segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Geleia Geral - Revirando A Tropicália

 






Geleia Geral - Revirando A Tropicália

 

Dia 30 setembro - 19h

Santa Paciência - Casa Criativa - Rua Barão de Miracema, 81 - Campos ex-dos Goytacazes-RJ

 

Abertura – Artur Gomes - lançamento do livro Pátria A(r)mada – 2ª edição revista e ampliada – Desconcertos Editora – 2022

 

CONVERGÊNCIAS – A Poesia Visual de Tchello d´Barros



Fome: vídeo com fragmento da terceira edição: poesia: Artur Gomes - produção e edição do vídeo: Letícia Rocha

https://www.youtube.com/watch?v=CaLb1zS86zg

 

Fulinaíma Magnética – Marcella Roza + Marcelo da Rosa + Melissa Mell + Serginho do Cavaco

 

Roda de Conversa – por onde andará Macunaíma? Com Genilson Paes Soares + Mário Sérgio Cardoso + Teresa Peixoto de Faria

 

Roda de Poesia – com Adriano Moura + Aimeè Cisneiro + Christina Cruz + Joilson Bessa + Winston Churchill Rangel

 

Performance – Geni e o Zepelin e Cálice – homenagem a Chico Buarque – com o músico Pablo Vinícius e o ator Mario Guerra – preparação de ator Rodri Mendes – encenação: Fernando Rossi



Leia toda programação no blog

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

domingo, 25 de setembro de 2022

com os dentes cravados na memória 2


Com os Dentes Cravados na Memória

 

Em 1987, tínhamos em Campos, um espaço nos altos da Adega 52, na praça São Salvador, com o título de Studio 52. Dividíamos este espaço de fomentação cultural, com Mário Sérgio Cardoso. Genilson Soares, Oscar Wagner e Nilson Siqueira. Este espaço em 1998 se torno o QG do Muda Campos. Mas isto não vem a história, o que me interessa dizer é que, desde 19983 eu vinha desenvolvendo em Campos o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira, o que me deu a oportunidade de conhecer toda produção poética brasileira contemporânea.

E por um desses acasos eu tinha ido a Belo Horizonte, fazer o lançamento do meu livro: Couro Cur & Carne Viva, publicado em 1987, e lá conheci Márcio de Almeida, poeta de Oliveira, que a partir daquele momento se tornou parceiro do meu repertório de performance poéticas. Ente uma troca de correspondência e outra, ainda via correios, resolvemos fazer na sua cidade em 1988 um Festa de Poesia. e a partir de então o seu poema Assasigno está entre os poemas, que não são da minha lavra um dos poemas que eu mais recito. bem como o Sexo em Moscou, de Mano Melo.


Artur Gomes 

www.fulinaimargem.blospot.com 



 

                        ASSASSIGNO


NAS FILEIRAS DAS ESTANTES
S-OBRAM PALAVRAS E TRAÇAS:
NÃO REVERSE O VEIO DANTES
E POR MELHOR QUE O FAÇA.

A LINGUAGEM SÓ SE INVENTA
E JOGA COM DADO LANCE:
NÃO POETE DE REQUENTA,
POR MAIS ILUSÃO ALCANCE.

NÃO AMARELE ROLLS-JOYCE,
NÃO FAÇA MALLARMELADA,
NÃO EUFEMÍSSIL À COICE,
E NÃO CANTE POR CANTADA.

NÃO REBOQUE BARROCÁVILA,
NÃO CONFISQUE MAIS DE CLÁUDIO
NUNCA RE(X)CLAME DAH! VIDA,
NÃO SE CORROMPA POR GÁUDIO.

NÃO PANFLETEIE IDEOLOGIA,
NÃO HOLOGRAFE EM ATARI,
NÃO LOVERSONHE AS MARIAS,
NÃO PALAVRE: SIGNATARI.

NÃO VENHA COM REQUEVEDOS,
NÃO LENHE EM TOM DE GREGÓRIO,
NÃO ORDENHE OFÍCIO DO AEDO,
NEM O PÚBLICO-NOTÓRIO.

NÃO SAQUE A 45
NÃO INVERSE POEMA-PROCESSO
NÃO USE MEL, GOMA OU, EM VINCO,
DIVÃ-GUARDE RETROCESSO.

NÃO PROVENCIE A GOLIARDO
NÃO REENLOUQUEÇA OS AR(T)NAUDT,
NÃO FAÇA DA FALA FARDO,
NÃO INSUME COM O COCÔ.

NÃO VÁ, NÃO FIQUE NA ONDA,
NÃO CAIA NAQUELA OU DE PORRE,
NÃO REFAÇA PLAGIOCONDA,
NÃO SUJE O MARFIM DA TORRE.

NÃO PUBLIQUE O POETEGO,
NÃO BAJULE A PANELINHA,
NÃO SE DESDENHE DE CEGO,
NÃO FALE NAS ENTRELINHAS.

NÃO TRADÚZIA O NEO DOS CAMPOS
NÃO ANTIFUGUE BACHSTIANUNES
NÃO ENTRE – LINGUAGEM É GRAMPO,
NÃO JULGUE A POESIA IMPUNE.

NÃO OSWALDOLATRE PERJURAS,
NÃO VÁ DE BANDEIRA-DOIS,
NÃO RELATE AS ESCRITURAS,
NÃO ESQUEÇA DO NOME AOS BOIS.

NÃO LERÉIE POUNDERAÇÃO,
NÃO GELÉIE DE CUMMINGS-KAZE
NÃO RESTRÉIE RIMAR EM ÃO,
NÃO COQUETÉIE A NOVA FASE.

NÃO SE DISTRAIA, LENDO VICO,
NÃO SE TRAIA, SENDO OVÍDIO OU
SUBTRAIE OBRA DO PINICO,
NÃO VAIE NUNCA VERSUICÍDIO.

NÃO BISSEXTE PELO RETO,
NÃO SE ILUDA SEM VER GÍLIO,
NÃO DISCURSOBRE O CONCRETO,
NÃO PURGUEVARA OU IDÍLIO.

NÃO ALMAMINHE VAZ CAMÕES,
NÃO REDOBREGUE HUIDOBRO,
NÃO PROSOPOPEIE OS SERMÕES,
NÃO ESTRUTURALIZE O ADOBO.

NÃO TRANSUJE O BLANCO-PAZ,
NÃO URBANIZE JOÃO CABRAL,
SEJA PER-VERSO: ABRA O GÁS.
E CHEIRE AS FLORES DO MAL.

NÃO DRUMMONDEIE SUBSTANTIVO,
NÃO SE CORDEIRE EM ESCOLA,
NÃO ACADEMIZE LEDIVO,
NÃO STANISLAUDA O QUE ASSOLA.

NÃO SUGARANA DE ROSA,
NÃO CHANTEIE A ÉLUARD,
NÃO DIZ QUE A ROSA É A ROSA,
NÃO LIBERTE QUE SERÁ TARDE.

NÃO DÊ UMA DE ALCAGOETHE
RESOUSÂNDRADE O DISCURSO,
NÃO BEST-SELLER OU VERBETE,
NÃO DESMAIAKOVSKI OS RUSSOS.

NÃO ENVIE DESC-ARTE POSTAL,
NÃO DEIXE DE RE-LEMINSKI,
NÃO DERRAME ODE EM SARAU,
DECUBO-VERSAL, KANDISKY.

NÃO PSEUDOGRAFE PESSOA,
NÃO FREUDELIRE BRETON,
NÃO ESCREVA, A SÉRIO OU À TOA,
NÃO UNTE A LÍNGUA DE BATON.

NÃO FAÇA KILKERRELEASE,
NÃO PASSE POR ELLIOTÁRIO,
NÃO (SE) BANALIZE EM SILK.
NÃO SUPLEMENTE LITERÁRIO.

NÃO PASSE REPLEI, DESISTA,
NÃO HÁ VÍTIMA OU LIÇÃO:
VERSEJAR, ORA!, NÃO INSISTA,
O MELHOR POEMA É O NÃO.


https://simaopessoa.wordpress.com/category/uncategorized/page/31/

com os dentes cravados na memória

 



Com Os Dentes  Cravados na m

Memória

 

Há algum tempo venho escrevendo alguns textos com este  título para contar um pouco da minha trajetória de andanças poéticas p0r  este país afora. Não sei se um dia isto vai se transforma em discurso memorialista, mas pelo menos vai servir para quem lê, entender que poesia se produz com vivências.

 

Na ACL  Com Os Dentes Cravados na Memória, será um recital de poesia, com um passeio dos anos 80 para cá, com a poesia presente nos livros: Suor & Cio, Couro Cru & Carne Viva, CarNAvalha Gumes, BraziLírica Pereira: A Traição das Metáforas e SagaraNAgens Fulinaímicas.

 

A idéia de transformar esse passeio poético em recital surge em setembro de 2016 quando em Bento Gonçalves-RS, na abertura do XXIV Congresso Brasileiro de Poesia é anunciado que serei um dos  poetas homenageados em 2017.

 

Na ACL aceitando o convite do meu grande amigo Hélio de Freitas Coelho, pretendo além de falar meus poemas desse  período, prestar também a aminha homenagem ao meu grande amigo e poeta que partiu para outras esferas do planeta: Ferreira Gullar.

 

Como há tempos não tenho um encontro com o público de Campos, pretendo também bater um papo, sobre arte e poesia, linguagem,  dentro do que tenho produzido em minhas andanças, onde se inclui também o Audiovisual.

 

 

 

 

 

tecidos sobre a terra

 

Terra,
antes que alguém morra
escrevo prevendo a morte
arriscando a vida
antes que seja tarde
e que a língua
da minha boca
não cubra mais tua ferida

 

entre/aberto
em teus ofícios
é que meu peito de poeta
sangra ao corte das navalhas
e minha veia mais aberta
é mais um rio que se espalha

 

amada de muitos sonhos
e pouco sexo
deposito a minha boca no teu cio
e uma semente fértil
nos teus seios como um rio

o que me dói é ter-te
devorada por estranhos olhos
e deter impulsos por fidelidade

 

ó terra incestuosa
de prazer e gestos
não me prendo ao laço
dos teus comandantes
só me enterro à fundo
nos teus vagabundos
com um prazer de fera
e um punhal de amante

 

minha terra
é de senzalas tantas
enterra em ti
milhões de outras esperanças
soterra em teus grilhões
a voz que tenta – avança
plantada em ti
como canavial que a foice corta
mas cravado em ti
me ponho a luta
mesmo sabendo – o vão
estreito em cada porta

 

MOENDA

 

usina
mói a cana
o caldo e o bagaço

usina
mói o braço
a carne o osso

usina
mói o sangue
a fruta e o caroço

tritura suga torce
dos pés até o pescoço

 

e do alto da casa grande
os donos do engenho controlam
: o saldo e o lucro

 

 

 

Artur Gomes

FULINAÍMA MultiProjetos

 

https://www.facebook.com/studiofulinaima/videos/1236814616413456/?hc_ref=PAGES_TIMELINE

 

testemunho

 

foto: Welliton Rangel 

Artur Gomes – testemunho

poeta.ator.produtor cultural. diretor de teatro. cineasta.

 

eu venho da tipografia tradicional, onde para o ato de imprimir tínhamos que catar tipos. acredito que o meu fazer poético nasceu também dessa experiência que me acompanhou por 4 anos durante o ensino Fundamental na Escola Técnica Federal de Campos (hoje IFF), e por mais 20 anos, como linotipista na Oficina de Artes Gráficas da mesma Escola Técnica Federal de Campos.

Quando me compreendi poeta, e ao mesmo tempo sendo linotipista, aproveitei esse conhecimento para digitar na própria Linotipo os meus primeiros poemas, e imprimir em formato livro: Um Instante No Meu Cérebro - 1973.

 

Com o teatro, aprendi a trazer a palavra escrita para a oralidade, a Poesia Falada, e quando criei em 1983 o projeto Mostra Visual de Poesia Brasileira, o meu objetivo era já, trazer a poesia para as múltiplas plataformas possíveis para a sua comunicação com o outro.

 

Além das plataformas papel/corpo, levei um tempo imprimindo poesia em tecido, madeira, vidraças, muros, paredes, árvores, postes, e como disse Guimarães Rosa em Grande Sertão Veredas, a vida é etc, etc, etc...

 

Desde então utilizo das mais diversas possibilidades de linguagens onde possa estar com poesia, e isso me levou ao áudio visual, que é a extensão de tudo que já fiz, e tudo o que faço hoje tentando levar a Poesia aos mais ínfimos territórios do planeta.


 Campos ex-dos Goytacazes, 25 de novembro de 2016.




Até onde teus segredos me aceitam?
Até quando teus mistérios me pertencem?
Até onde teus silêncios tem meus gritos?
Quando me deixas aflito
Perco o chão por onde pisa
Por onde teu pé desliza
Que não sei quando ele está?
E se perco teus pés de mim
     Por onde vou caminhar?


Jura secreta 1

a língua escava entre os dentes
a palavra nova
fulinaimânica/sagarínica
algumas vezes muito prosa
outras vezes muito cínica

tudo o que quero conhecer:
a pele do teu nome
a segunda pele o sobrenome
no que posso no que quero

a pele em flor a flor da pele
a palavra dandi em corpo nua
a língua em fogo a língua crua
a língua nova a língua lua

fulinaímica/sagaranagem
palavra texto palavra imagem
quando no céu da tua boca
a língua viva se transmuta na viagem

Artur Gomes
do livro Juras Secretas
Editora Penalux - 2018

 

imagem: Felipe Stefani

 

 

 Campos ex-dos Goytacazes, 25 de novembro de 2016.

 

sábado, 24 de setembro de 2022

Artur Gomes - por Federika Lispector

 

foto: Letícia Rocha 

Artur Gomes

poeta.ator.vídeo maker

por Federika Lispector - texto escrito em  2016

 

Artur Gomes é um poeta ímpar, o conheci quando estudei na então Escola Técnica Federal de Campos, e ele era Coordenador da Oficina de Artes Cênicas, isso lá pelos idos de 1987. Na época ele montava com alunos da Oficina o espetáculo teatral: A Ciranda do Boi Cósmico, uma encenação de teatro de rua,  inspirada no folclórico Boi Pintadinho.  Desde então me encantei com o seu múltiplo  trabalho, imprimindo poesia nas mais diversas plataformas.

Com a Oficina de Artes Cênicas da ETFC criou a sua marca com o Teatro de Improviso, encenando mais de uma centena de Espetáculo, no período em que lá esteve de 1975 a 2002. Com Poesia Falada até hoje percorre o Brasil soltando o verbo nos mais diferentes espaços, para os mais diversos tipos de público.

De 2007 para cá, depois de colocar sua poesia no papel, no teatro, em tecidos, em vitrines etc, passou também a se utilizar do áudio visual como plataforma para a disseminação da sua voz poética, e já soma uma centena de vídeos.poesia espalhados pelo youtube  facebook. Minha fascinação pelo seu trabalho, se dá, não apenas por tudo o que foi escrito acima, mas sobre tudo pela qualidade e criatividade da sua linguagem, onde a procura da palavra certa, é sempre o veio condutor do seu processo de criação.

Por ser inquieto, busca outras palavras, e cria palavras novas como: Fulinaíma, Fulinaímicas, Fulinaimânicas, Fulinaimagem. Ou: Sagarânica, Sagarínica, SagaraNagens. Numa nova edição do Dicionário do Aurélio, com certeza estes neologismos não poderiam faltar.

O seu último livro SagaraNAgens Fulinaímicas, como bem escreveu Tanussi Cardoso, é "um rio de palavras", que escorrem caudalosamente de sua escrita direto para o infinito do papel, e dele para as nossas indagações,  porque sua poesia impregnada de metáforas, não nos deixa em outros estado emocional a não ser se perguntar onde foi que encontrou tanta invenção poética.

Atualmente Artur Gomes, dirige o Curso de Artes Cênicas - O Espelho, no SESC Campos-RJ, com foco de pesquisa no Teatro do Absurdo de Fernando Arrabal, onde pretende até dezembro apresentar o espetáculo: A Nossa Casa É Um Teatro. Dirige também atualmente o Departamento de Áudio Visual do Proyecto Cultural Sur Brasil, instituição que desde 1996 realiza em Bento Gonçalves-RS o Congresso Brasileiro de Poesia.




Em poesia já publicou os seguintes livros:


Um Instante no Meu Cérebro - 1973

Mutações em Pré-Juízo - 1975

Além da Mesa Posta - 1977

Jesus Cristo Cortado de Cana - Cordel - 1979

Boi pintadinho - 1980 - 1981

Suor & Cio - 1985

Couro Cru & Carne Viva - 1987

20 Poemas Com Gosto de JardiNÓpolis & Uma Canção Com Sabor de Campos - 1990

CarNAvalha Gumes - 1995

BraziLírica Pereira: A Traição das Metáforas - 2000

SagaraNAgens Fulinaímicas – 2016

Juras Secretas – 2018

Pátria A(r)mada – 2019

O Poeta Enquanto Coisa 2020

Pátria A(r)mada – 2ª edição revista e ampliada 2022

tem inédito: O Homem Com A Flor Na Boca : Deus Não Joga Dados

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/



Em música lançoua em 2002 o CD Fulinaíma Sax Blues Poesia 

e tem uma dezena de parceiros espalhados pelo Brasil. Em 2002 lançou o CD Fulinaíma Sax Blues Poesia, e com seu parceiro mais constante Paulo Ciranda, prepara para 2017 o lançamento do CD  Balada Pros Mortais.

Para mim que admiro imensamente a sua obra poética é difícil escolher um poema para exemplificar a sua produção, mas acabei escolhendo este do seu inédito Juras Secretas.




Jura secreta 13


o tecido do amor já esgarçamos 
em quantos outubros nos gozamos 
agora que palavro Itaocaras 
e persigo outras ilhas 
na carne crua do teu corpo 
amanheço alfabeto grafitemas 

quantas marés endoidecemos 
e aramaico permaneço doido e lírico 
em tudo mais que me negasse 
flor de lótus flor de cactos flor de lírios 
ou mesmo sexo sendo flor ou faca fosse 
Hilda Hilst quando então se me amasse 

ardendo em nós salgado mar e Olga risse 
olhando em nós flechas de fogo se existisse 
por onde quer que eu te cantasse ou Amavisse 

 

*Federica Lispector

Assessora de Imprensa na FULINAÍMA MultiProjetos

https://centrodeartefulinaima.blogspot.com/



uma menina chamada Beth Araújo

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