terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

o sax na voz da palavra dentro do poema

O sax na voz da palavra dentro do poema 

Irina - O som vem do sopro penetra na palavra dentro do poema flutua no ar como os olhos verdes da menina de pele preta que oculta sobrevoa na sala sobre  cabeças incrédulas que ainda não conhecem  o estado de poesia

Federico - não tente explicar um poema é inútil me dizia Hilda Hilst ontem na sinfonia das 7 -  é triste explicar um poema é inútil também. um poema não se explica. é como um soco no estômago ou no fígado um beijo na boca numa noite enluarada de março quase flor de abril – e se perfeito te alimenta para toda a vida. um soco certamente te acorda e, se for em cheio faz cair tua máscara, essa  frívola, repugnante, empolada máscara, que tentamos manter, para atrair ou assustar. se pelo menos um amante de poesia foi atingido e levantou de cara limpa depois de ler minhas esbraseadas evidências líricas, escreva, apenas isso: fui atingido... porque há de ser festa aquilo que na terra me pareceu exílio: o ofício de poeta.  

tudo que é pesado pode ser leve todo corpo é santo toda pedra é pássaro todo espírito voa - nem tudo que sai de mim é Bento mas estive lá no centro na carne da uva posta com vinho na boca entro no rasgo do orifício poesia esse meu ofício em tudo que é metáfora em tudo que é invent(r)o palavras voam ao vento  poema goza por dentro

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Sax – Danton Freire

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Dulce Gabrielle - sua flauta está me fazendo falta  na minha boca de batom teu sax uma máquina de som

fulinaimicamente  a boca do desejo morde a carne dos meus dentes e desassossega  minha língua em tua boca quando dá o tom : fulinaimicamente

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https://www.facebook.com/studiofulinaima/videos/1214074358687482/?hc_ref=PAGES_TIMELINE

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Usina ( cena com Paulo Victor e Estefany) 

Paulo Victor - usina: usina são uns olhos despertos antes do sol - a boca mal lavada num gole de café e um esfregar de mãos para aquecer o dia -  usina e uma longa  e curta caminhada inventada em carrocerias carroças e bicicletas ou um usar de pés  pra se fazer o dia - 

Estefany Nogueira - usina é um balé de lenços de cabeça camisa de xadrez foice e facão entre um gole e outro de café - usina é um apito de sol à pino (feito de marmitas) quando os olhos nada dizem e as bocas são limpas por mãos em conchas –

Paulo Victor - usina é um gosto  (doce-amargo) de uns caldos escorrendo ora nas moendas ora nos moídos - é um fazer-de-conta pós-apito na birosca ao lado com uns parceiros um remedar de vida -  depois  um mal dormir de pais e filhos

 (de fome de frio de medo) para antes do sol se tenha despertado - usina é usura -  são uns olhos  que se estendem quando em vez a casa grande são umas vidas escapando - pela chaminé

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Sax Dalton Freire

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Um rio

 (cena com Dulce Gabriele)

Dulce Gabrielle - Era uma vez… Um rio Que de tão vazio, já não era rio e nem riachão, tão pouco riacho. Não era regato, nem era arroio, muito menos corgo. - era uma vez… um rio que, de tanta cheia, já não era rio

e nem ribeirão. –

Paulo Victor - Era mais que Negro, era mais que Pomba, era mais que Pedra, era mais que Pardo, era mais que Preto, bem maior ainda que um rio grande.

Estefany Nogueira - Era uma vez… um rio que de tão antigo era temporário, era obsequente, era um rio tapado e antecedente. Que não tinha foz, que não tinha leito, que não tinha margem e nem afluente, tão pouco nascente. Mas que era um rio.

Dulce Gabrielle - Não era das Velhas, não era das Almas, não era das Mortes. Era um Paraíba, era um Paraná, era um rio parado. Rio de enchentes, rio de vazantes, rio de repentes: Um rio calado:

Paulo Victor - Sem Pirá-bandeira, Sem Piracajara, Sem Piracanjuba. Em suas águas não havia Pira não havia íba, não havia jica, não havia juba. Nem Pirá-andira, nem Piraiapeva, nem Pirarucu. Era um rio assim Sem pirá nenhum. Mas que era um rio.

Dulce Gabrielle - Era uma vez…. Um rio. Que, de tão inerte, Já não era rio. Não desaguou no mar, não desaguou num lago, nem em outro rio. É um rio antigo, que de tão contido não é natureza. Um dia foi rio, há muito é represa.

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Sax com Dalton Freire

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Marçal Tupã

meu coração marçal tupã

sangra tupy & rock and roll

meu sangue tupiniquim

em corpo tupinambá

samba jongo maculelê

maracatu boi bumbá

a veia de curumim

é coca cola e guaraná

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https://www.youtube.com/shorts/Boc9bqDOSms

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Sax com Dalton Freire

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tecidos sobre a terra

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(cena com Artur Gomes/Federico Baldelaire)

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https://www.facebook.com/arturgomesfulinaima/videos/1192597537795702

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Artur Gomes  - Terra, antes que alguém morra escrevo prevendo a morte arriscando a vida antes que seja tarde e que a língua da minha boca não cubra mais tua ferida  entre/aberto em teus ofícios é que meu peito de poeta sangra ao corte das navalhas e minha veia mais aberta é mais um rio que se espalha -  amada de muitos sonhos e pouco sexo deposito a minha boca no teu cio e uma semente fértil nos teus seios como um rio o que me dói é ter-te devorada por estranhos olhos e deter impulsos por fidelidade

ó terra incestuosa de prazer e gestos não me prendo ao laço dos teus comandantes só me enterro à fundo nos teus vagabundos com um prazer de fera e um punhal de amante minha terra é de senzalas tantas enterra em ti milhões de outras esperanças soterra em teus grilhões a voz que tenta – avança plantada em ti como canavial que a foice corta mas cravado em ti me ponho a luta mesmo sabendo – o vão estreito em cada porta -  usina mói a cana o caldo e o bagaço – usina mói o braço a carne o osso -  usina mói o sangue a fruta e o caroço -  tritura suga torce dos pés até o pescoço e  do alto da casa grande os donos do engenho controlam : o saldo e o lucro

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 Sax com Dalton Freire

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(Cena com Paulo Victor)

eu nasci concreto depois fui me abstraindo me substantivando me substituindo criando outros e outras criaturas em minhas estruturas amorais do ser eu nasci assim e fui me associando a outras escritas as que foram ditas a outras  não ditas as benditas as malditas e as que disseram minhas e a outras que raptei de outros pela minha nova maneira natural de ter resistência a toda qualquer coisa que não é e as que são coloco como cartas sobre a mesa para surpresa de ver que todo dia é dia d

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Ó pai í ó

(Cena com Paulo Victor e Dulce Gabriele)

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https://www.instagram.com/reel/DCmMSDFu7Vn/?igsh=OWpzYWY5dmN4dXFr

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Mar de fogo

 (cena com Artur Gomes/Federico Baudelaire)

 queimando em mar de fogo me registro lá no fundo do teu íntimo  bem no centro do meu nervo brota  uma onda de sal e líquido  procurando a porta do teu cais  teu nome já estava cravado nos meus dentes  desde quando sísifo olhava no espelho  primeiro como mar de fogo  registro vivo das primeiras Eras  segundo como Flor de Lotus  cravado na pele da flor primavera  logo depois gravidez e parto  permitindo o Logus quando 0 amor quisera

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nossas palavras escorrem pelo escorrer dos anos estradas virtuais fossem algaravias nosso desejo que não se concreta – e eu tenho a fome entre os dedos a sede entre os dentes e a língua sobre a escrita que ainda não fizemos
e o que brota desse amor latente se o desejo é tua boca no lençol dos dias?

em armação de búzios tenho um amor sagrado guardado como jura secreta que ainda não fiz para laís em teus cabelos girassóis de estrelas que de tanto vê-las o meu olho vela e o que tanto diz onda do mar não leva da areia da praia onde grafei teu nome para matar a sede e muito mais a fome entranhada na carne como flor de lotus grudada na pele como tatuagem flutuando ao vento como leve pluma no salgado corpo do além mar afora sargaço em tua boca espuma onde vivem peixes - na cumplicidade do que escrevo agora

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Sax com Dalton Freire

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Teatro do Absurdo – A Mulher Que Come Livros

A Mulher Que Matou os peixes

(Cena com Artur Gomes e Estefany Nogueira) 


Federico - ei vai pra onde?

Clarice – vou ali terminar de comer meu livro

Federico – come aqui mesmo

Clarice – então para de me fazer perguntas

Federico – não posso

Clarice – não pode por quê?

Federico – porque sou curioso

Clarice – curiosidade mata

Federico – você é a mulher que matou os peixes?

Clarice – na outra vida, outra encarnação

Federico – e você acredita nisso?

Clarice – claro que acredito, tanto é que estou aqui. E agora não mato peixes, agora como livros. E para comer livros não preciso matar, basta guardar, preservar, para ler na hora que tenho vontade.

Federico – mas por quê você tem vontade de comer livros?

Clarice – para me enriquecer de conhecimentos, informações, ter contato com os sentimentos dos outros e as suas visões de mundo.

Federico – mas isso a gente encontra no carnaval – no desfile das Escolas de Samba por exemplo

Clarice – mas eu já lhe disse, detesto carnaval

Federico – Isso porque você nunca viu. Nunca foi na marquês de Sapucaí

Clarice – não muda de assunto não, e acho bom você me deixar terminar de comer meu livro

Federico – a fome é tanta assim?

Clarice – fome, sede, desejo tudo junto misturado

Federico – você nãos abe fazer outra coisa não?

Clarice – procuro... procuro mas não encontro, outra coisa que me dê tanta satisfação como come livros! E acho que você deveria fazer o mesmo.

Federico – tá doida. Era só o que me faltava eu um Mestre Sala da Mocidade Independente de Padre Olivácio a Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo, comendo livro!

Clarice – e qual é o grande problema nessa questão, eu por exemplo. Já matei os peixes, hoje como livros. Não vejo nenhuma contradição. Porque você que se diz mestre/sala não pode comer um livro?

Federico – simplesmente porque gosto do movimentos dos corpos sambando na avenida

Clarice – mas isso é muito pouco – eu gosto de comer livros porque cada coisa tem o instante em que ela é, e eu quero me apossar do é da coisa. E para mim corpos em movimento na avenida não significa coisa alguma. Não vejo graça nenhuma em carnaval.

Sax com Dalton Freire

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Baby cadelinha

(Cena om Artur Gomes/Federico Baudelaire)

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devemos não ter pressa a lâmina acesa sob o esterco de Vênus onde me perco mais me encontro menos - de tudo o que não sei só fere mais quem menos sabe sabre de mim baioneta estética cortando os versos do teu descalabro
visto uma vaca triste como a tua cara estrela cão gatilho morro:
a poesia é o salto de um vara
disse-me uma vez só quem não me disse ferve o olho do tigre enquanto plasma letal a veia no líquido do além cavalo máquina meu coração quando engatilho
devemos não ter pressa a lâmina acesa sob os demônios de Eros onde minto mais porque não veros fisto uma festa mais que tua vera
cadela pão meu filho forro: 
a poesia é o auto de uma fera

devemos não ter pressa a lâmina acesa sob os panos quem incesta ? perfume o odor final do melodrama sobras de mim papel e resma impressão letal dos meus dedos imprensados misto uma merda amais que tua garra panela estrada grão socorro: a poesia é o fausto de uma farra 

o que é que mora em tua boca Bia? um deus um anjo ou muitos dentes claros como os olhos do diabo e uma estrela como guia? o que é que arde em tua boca Bia azeite sal pimenta e alho um cheiro azedo de cozinha tua boca é como a minha? o que é que pulsa em tua boca Bia? mar de eternas ondas que covardes não navegam rio de águas sujas onde os peixes se apagam ou um fogo cada vez mais Dante como este em minha boca de poeta/delirante nesta noite cada vez mais dia em que acendo os meus infernos em tua boca Bia?

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Daton Freire - Sax 

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https://www.facebook.com/watch/?ref=search&v=501205270059536&external_log_id=42a06a60-1325-485a-a5bf-105e744a4a25&q=jazz%20free%20som%20ba%C3%A7laio%20-%20artur%20gomes%20ela%20tinha%20um%20jeito%20gal%20fatal%20vapor%20barato

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ela tinha um jeito gal fatal – vapor barato toda vez que me trepava as unhas como um gato cantar era seu dom chegava a dominar a voz feito cigarra cigana ébria vomitando doses dos eu canto uma vez só subiu ao palco estrela no hotel das prateleiras companheira de ratos na pele de insetos praticando a luz incerta no auge do apogeu a morte não é muito mais que um plug elétrico um grito de guitarra uma centelha logo assim que ela começa algo se espelha na carne inicial de quem morreu

Um girassol se escondeu por trás do portão de entrada. Entre suas pétalas cantava minha amada um blues rasgado desses que não se houve mais -

a branca flor o azul do mar e a menina dos meus olhos com a luz de Iemanjá quem dera fosse a minha namorada e chegasse sem aviso só preciso dos teus olhos e da luz do teu sorriso

o impulso aqui não é pouco o espírito grita dentro do corpo deliro feito louco de tanta sede e fome como quem não vive em paz como quem não come há muitos séculos atrás


Negra sou

(Cena com Estefany Nogueira e Jonas Menezes)

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jazz free som balaio

(cena com Artur Gomes/Federico Baudelaire

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https://www.facebook.com/studiofulinaima/videos/1191817270913191

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https://www.facebook.com/watch?ref=search&v=422053584641372&external_log_id=42a06a60-1325-485a-a5bf-105e744a4a25&q=jazz%20free%20som%20ba%C3%A7laio%20-%20artur%20gomes%20ela%20tinha%20um%20jeito%20gal%20fatal%20vapor%20barato

 *

ouvidos negros Miles trumpete nos tímpanos era uma criança forte como uma bola de gude era uma criança mole como uma gosma de grude tanto faz quem tanto não me fez era uma ant/Versão de blues nalguma nigth noite uma só vez

ouvidos black rumo premeditando o breque sampa midinigth ou aVersão de Brooklin não pense aliterações em doses múltiplas pense sinfonia em rimas raras assim quando desperta do massificado ouvidos vais ficando dançarina cara ao Ter-te Arte nobre minha musa Odara

ao toque dos tambores ecos sub/urbanos elétricos negróides urbanóides gente galáxias relances luzes sumos pratos delícias de iguarias que algum Deus consente aos gênios dos infernos que ardem gemem Arte

misturas de comboios das tribos mais distantes de múltiplas metades juntas numa parte

*

o amor  não é apenas um nome  que anda por sobre a pele  um dia falo letra por letra  no outro calo fome por fome 

é que a flor da tua pele  consome a  pele do meu nome   cravado espinho na chaga  como marca cicatriz  eu sou ator ela esfinge:  Clarice/Beatriz: 
 assim vivemos cantando  fingindo que somos decentes  para esconder o sagrado  em nossos profanos segredos 
se um dia falta coragem  a noite sobra do medo  é que na sombra da tatuagem 
sinal enfim permanente  ficou pregando uma peça  em nosso passado presente 
o nome tem seus mistérios que  se escondem sob panos  o sol é claro quando não chove  o sal é bom quando de leve  para adoçar desenganos  na língua na boca na neve 
o mar que vai e vem não tem volta 
o amor é a coisa mais torta  que mora lá dentro de mim  teu céu da boca é a porta  onde o poema não tem fim 

*
moro no teu mato dentro 
não gosto de estar por fora 
tudo que me pintar eu invento 
como o beijo no teu corpo agora 
desejo-te pelo menos enquanto resta 
partícula mínima micro solar floresta 
sendo animal da Mata Atlântica 
quântico amor ou meta física 
tudo o que em mim não há respostas 
metáfora D´alquimim fugaz Brazílica 
beijo-te a carne que te cobre os ossos 
pele por pele sobre tuas costas 
os bichos amam em comunhão na mata 
como se fosse aquela hora exata 
em que despes de mim o ser humano 
do corpo rasgamos todo pano 
e como um deus pagão pensamos sexo. 

 *

poema  de Bertold Brechet

(Cena com  Paulo Victor e Dulce Gabrielle) 

 *

Paulo Victor – primeiro levaram os negros mas não me importei com isso eu não era negro – em seguida levaram alguns operários – mas também não me importei com isso eu não era operário – depois prenderam os miseráveis – mas não me importei com isso porque não sou miserável – depois agarraram uns desempregados – mas como tenho meu emprego também não me importei – agora estão me levando mas já é tarde como eu não me importei om ninguém ninguém se importa comigo

Dulce Gabrielle - os imprescindíveis

Há homens que lutam um dia

e são bons,

Há outros que lutam um ano

e são melhores,

Há os que lutam muitos anos

e são muito bons,

Mas há os que lutam toda vida

e estes são os imprescindíveis

 *

Terra de Santa Cruz

ainda estamos aqui

 Dalton Freire – Sax

(cena com Artur Gomes/Paulo Victor/Jonas Menezes/Dulce Gabrielle e Estefany Nogueira)

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Artur Gomes - ao batizarem-te deram-te o nome: puta posto que a tua profissão é abrir-te em camas dar-te em ferro ouro prata rios peixes minas mata deixar que os abutres devorem-te na carne o derradeiro verme

Paulo Victor - salve-lindo pendão que balança entre as pernas abertas da paz tua nobre sifilítica herança dos rende-vouz de impérios atrás

Estefany Nogueira - meu coração é tão hipócrita que não janta e mais imbecil que ainda canta: ou viram no Ipiranga às margens plácidas uma bandeira arriada num país que não levanta.

Dulce Grabielle - fosse o brazil mulher das amazonas caminhasse passo a passo disputasse mano a mano guardasse a fauna e a flora da fome dos tropicanos ouvisse o lamentos dos peixes jandaias araras e tucanos não estaríamos assim condicionados aos restos do sub-humano

Jonas Menezes - só desfraldando a bandeira tropicalha é que a gente avacalha com as chaves dos mistérios desta terra tão servil: tirania sacanagem safadeza tudo rima uma beleza com a pátria mãe que nos pariu

Artur Gomes -  bem no centro do universo  te mando um beijo ó amada enquanto arranco uma espada do meu peito varonil espanto todas as estrelas dos berços do eternamente pra que acorde toda esta gente deste vasto céu de anil pois enquanto dorme o gigante esplêndido sono profundo não vê que do outro mundo robôs te enrabam ó mãe gentil!

Paulo Victor - telefonaram-me avisando-me que vinhas na noite uma estrela ainda brigava contra a escuridão na rua sob patas tombavam homens indefesos esperei-te 20 anos até hoje não vieste à minha porta

Dulce Gabrielle - foi um puta golpe

Jonas Menezes - o poeta estraçalha a bandeira raia o sol marginal Quinta feira na geléia geral brasileira o céu de abril não é de anil nem general é my brazil minha verde/amarela esperança portugal já vendeu para a frança e o coração latino balança entre o mar de dólar do norte e o chão dos cruzeiros do sul

Artur Gomes -  o poeta esfrangalha a bandeira raia o sol marginal Sexta feira nesta porra estrangeira e azul que a muito índio dizia: meu coração marçal tupã sangra tupi & rock in roll meu sangue tupiniquim em corpo tupinambá samba jongo maculelê maracatu boi bumbá a veia de curumim é coca cola e guaraná - o sonho rola no parque o sangue ralo no tanque nada a ver com tipo dark muito menos com punk meu vício letal é baiafro com ódio mortal de yank - ó baby a coisa por aqui não mudou nada embora sejam outras siglas no emblema espada continua a ser espada poema continua a ser poema

The End

          FIM


      O sax na voz da palavra 

dentro do poema

concepção produção e direção

Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

22 99815-1268 – zap

@fulinaima @artur.gumes 

 * 

ainda estamos aqui 

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