Mar que as vezes vem
mar que as vezes vai 
quando vem me entra
e fica 
quando vai
de dentro de mim não sai
Jura Não
Secreta
para Paulo Leminski
quando a ciranda de roda
atravessou minha rua 
com os teus fogos de artifícios
pelos céus da tua boca
foi então que eu quis a lua
e disse então sem sabê-la
antes que ela me visse
neste dia via Alice
foi então que ele me disse
: 
- foi nesse chão que eu fiz Estrela
Litoral
Muitas vezes quando beijo o litoral das suas costas encontro
algas pedrinhas e conchinhas mariscos estrela do mar procuro o que há nas
entrelinhas para quando espuma escorrer entre o mar das suas coxas seja líquido
esperma que saiu das entre minhas 
Obscuro objeto
do desejo
Eu sempre encaro um livro como o objeto do desejo muitas vezes
como o desejo do objeto Clarice como livros como fossem chocolates que  roubou de Isadora  a mulher que me devora numa febre de batom que
é muito louca enquanto sou O Homem Com A Flora Na Boca
 Estou procurando uma
letra que complete a palavra que ainda não escrevi desafio que me propus quando
escrevi a primeira ode para ela nem se deu conta da flauta mágica na metáfora azul
do fauno em sua boca vermelha de batom e o cacho de uvas mastigados entre os
dentes com cheiro de leite ardente esguichado na distância 
As unhas
de Hera 
O meu amor é um relâmpago
um coice nas trovoadas
caldeirão de raios elétricos
em noites de Cingapura
Algumas noites é Ana
nas madrugadas é Vera 
na cama somos Bacantes
mil giga byte um tera 
muito mais que tri amantes
                no plug
me acelera 
arranca do chão os meus pés
            me lança na atmosfera  
ela -  a louca de
Espanha 
Medusa da Inglaterra
meu corpo trapezista dançantes
meu corpo tua quimera 
enterra suas sete cabeças
enquanto me diz – espera 
me morde me lambe – me lanha
com suas unhas de Hera
Artur
Gomes 
O Poeta Enquanto Coisa 
www.secretasjuras.blogspot.com
Artur Gomes
FULINAIMICAMENTE 







Nenhum comentário:
Postar um comentário