beber dessa tua língua
o líquido da maresia
o suor do mar da linguagem
e tudo mais beberia
no teu corpo em desalinho
em luas de tempestades
em lençóis de calmaria
palavras em tua boca
levaram-me ao descaminho
amarraste-me em tua cama
com tuas garras de linho
depois que me embriagaste
entre garrafas de vinho
a criatura
circula
com seus olhos de fogo
no caldeirão dos corpos
despidos de preconceitos
na transpiração das almas
aos olhos de
Wermmer o amor é natural
como a menina dos brincos de pérola
na pétala dos moinhos de vento
anjos e demônios
nus em pelo
por quantas noites mais
serás meu pesadelo?
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