pedras no
meio do caminho
pedra punk
pedra dark
pedra tanque
pedra parque
pedra de toque
pedra de blues
pedra de rock
fado
tango
samba-enredo
pedra poema
no meio
dos meus dedos
o coelho era só uma metáfora para me mostrar o tempo da espera por não poder dar-me no momento tudo que o seu desejo então quisera
pesquisando em meu baú de guardados para o Festival Cine Vídeo de Poesia Falada, eis que encontrei essa relíquia, com o Igor Fagundes, no Parque das Ruínas, Santa Teresa, Rio de Janeiro, filmado por Jiddu Saldanha, no verão de 2010,num domingo de muito rock e poesia.
clic no link para ver o vídeo
https://www.facebook.com/studiofulinaima/videos/1108002609294658
aqui uma casinha meia-água cercada de arame farpado foi transformada
em laboratório a céu aberto santuário ecológico onde a poesia flui por todas as
folhas pétalas e poros
estação 353 – galpão de artes
https://www.facebook.com/estacao353
a vida sempre em suspense
alegria a prova dos nove
fanatismo não me convence
muito menos me comove
pássaros
elétricos
vivem a vida
por um fio
no universo paralelo
tenho doutorado bíblico
em chá de cogumelo
Pastor de
Andrade
in Pátria A(r )mada
www.porradalírica.blogspot.com
EuGênio
Mallarmè
Estação 353
https://www.facebook.com/carnavalha/
Entrevistas com a psicóloga e terapeuta Isadora Chiminazzo Predebon, grande amiga e parceira nas minhas investigações sobre psicologia para o meu trabalho com teatro
onde a poesia
se espalha
a língua nativa
não é fogo de palha
é brasa viva
poética
no silêncio do quarto
beijo tua boca ainda suja
do vinho que sobrou
depois da trama
o relógio na parede
marca a hora que que entramos
na cama do hotel
só cabem nossos corpos
dentro do poema
Afrodite ainda tonta
desfaz o nó do drama
e segue pro cinema
na pedra do sossego
me abstenho
na pedra do sossego
me abstrato
na argamassa dos teus olhos
me preservo
nos mamilos dos teus seios
me concreto
no cio do teu corpo
me retrato
tempo de silêncio
tem bom
ouve-se o íntimo do som
amei uma mulher que não era
mas era como se fosse
como se fosse terra
como se fosse água
como se fosse fogo
como se fosse ar
como se fosse mata
como se fosse mar
como se fosse céu
como se fosse chuva
como se fosse chão
não era uma vera ficher
mas era como se fosse
não era débora secco
mas era como se fosse
nem era carolina dickman
mas era como se fosse
não era nicole kidman
mas era como se fosse
nem marieta severo
mas era como se fosse
não era uma imperatriz
mas o nosso castelo
era como se fosse
mas minas do rei salomão
amei essa mulher feliz
que era como se fosse
atriz de televisão
o alvo do poeta é a meta
nem todo poema curto
nem todo endereço acerto
a meta do poeta é o alvo
o alvo do poeta é a meta
a flecha estendida no arco
o arco estendido pra seta
eu quero teus olhos de vidro
não poema em linha reta
nem toda cidade prova
nem todo poema povo
a clara da gema nova
pode estar dentro do ovo
a massa e o biscoito fino
o biscoito fino na massa
o Dia D da fornalha
acende fogueira na praça
todas as noite sonho
como esse nosso amor
dandara
como se fosse odara
carnaval em fevereiro
como se eu fosse
o primeiro
a tocar tua carne a vera
e o gozo desse sagrado
nada em nós fosse quimera
escridura
esse poema absurdo
direto no ouvido do surdo
escridura nos olhos dela
ela bem sabe o que desejo
ela bem sabe o que espero
tem canivete no sangue
tem alfinete entre os dentes
a faca que cora – a navalha
sangrou as tripas no ventre
o beijo se for que seja
com a língua lambendo a carne quente
vamos meu amor
fortalecer a parceria
reinventar os guetos
nas marés das tempestades
nos vendavais na ventania
ressuscitar as arte manhas
como antes se fazia
com explosão de poesia
malditos bem-ditos
clic no link para ver ArturGomes
interpretando Paulo Leminski e Torquato Neto
https://www.facebook.com/studiofulinaima/videos/285806788962850
festa da poesia
evento idealizado pelo poeta Marcio Almeida, realizado em Oliveira-MG – setembro 1988
Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém
fundo sem fundo
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão
Uma parte de mim
pesa pondera;
outra parte
delira
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
es espanta
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente
Uma parte de mim
é só vertigem
outra parte
linguagem
Traduzir-se uma parte
em outra parte
- que é uma questão
de vida e morte
será Arte?
Ferreira
Gullar
Na Vertigem Do Dia - 1980
teu leite escorre
em minha boca
como cascata de chuva
depois que mordi a uva
e me levaste pra cama
em noites de teresina
deixei de ser menia
após o terceiro drama
Federika
Lispector
murilínDianamente
o poeta experimental
passeia sua cueca monossilábica
por cima dos pianos
na madrugada devorando amoras
macabea implora
nossa senhora das derrotas
para enfrentar o desvario
o poeta está nu cio. macabea corre
o poeta inflama em inverso
macabea chora
experimental barroco
o poeta sobrevoa
palácios e urubus
macabea tenta
mas não consegue ser pagu
o poeta é phoda
macabea pede
o menino faz que não entende
macabea implora
e o poeta põe na metáfora do cu
Artur
Gomes
BraiLírica Pereira : A Traição das Metáforas
www.braziliricapereira.blogspot.com
Da Nascente A Foz: Um Rio De Palavras
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