o barco desliza
no azul
o vento brisa
sob a ótica da imagem
só cabe na minha página
o que não for sagaraNAgem
guarapari antropofágica
come. come meus pés descalços
e os vestígios de Anchieta
por onde estiver ainda
come. come todosos passos
e vomita os restos na ampulheta
porque o tempo tarda mas não finda
é uma cidade
um vale
no meio das pedras
ali eu me abstenho
ali eu me abstrato
por mais que seja concreta
e o vapor seja barato
eu tenho a pedra na carne
eu tenho a carne na pedra
o delírio não é bobagem
é signo da tatuagem
parte de uma viagem
que faço ao centro da carne
em cada carne da pedra
rente
a pele contra o muro
eu te grafito no
escuro
uma parte de mim é metade
a outra é mímica
as juras podem ser secretas
mas o que faço por amo
é público
sagrado mas não tem segredo
toda musa sabe
das arte manha deum samba enredo
a massa um dia
comerá os biscoitos finos
que fabrico
Oswald de
Andrade
afiando a carNAvalha
por entre as trilhas
enquanto me der na telha
onde a língua não
tralha
e a lamina do desejo
corta dos tecidos da mortalha
FULINAIMAGEM
Nenhum comentário:
Postar um comentário