quinta-feira, 14 de outubro de 2021

colagem fulinaímica

 


o barco desliza

         no azul

o vento brisa




                                        por uma questão estética

sob a ótica da imagem

só cabe na minha página

o que não for sagaraNAgem


guarapari antropofágica

 

come. come meus pés descalços

e os vestígios de Anchieta

por onde estiver ainda

 

come. come todosos passos

e vomita os restos na ampulheta

porque o tempo tarda mas não finda




                                                                           pedra dourada

é uma cidade

um vale

no meio das pedras

 

ali eu me abstenho

ali eu me abstrato

por mais que seja concreta

e o vapor seja barato

 

eu tenho a pedra na carne

eu tenho a carne na pedra

 

o delírio não é bobagem

é signo da tatuagem

 

parte de uma viagem

que faço ao centro da carne

em cada carne da pedra

 

rente

a pele contra o muro

        eu te grafito no escuro




                                                colagem fulinaímica

uma parte de mim é metade

         a outra é mímica




as juras podem ser  secretas

mas o que faço por amo

                              é público

sagrado mas não tem segredo


                          toda musa sabe

das arte manha deum samba enredo




a massa um dia

comerá os biscoitos finos

que fabrico

 

Oswald de Andrade

 

afiando a carNAvalha

por entre as trilhas

enquanto me der na telha

onde a  língua não tralha

e a lamina do desejo

corta dos tecidos da mortalha




 Artur Gomes

FULINAIMAGEM

www.fulinaimagens.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

uma menina chamada Beth Araújo

  Esse espaço tem "mil"textos fantásticos. Poesia ? Prosa ? Não importa ! Imponderáveis,   não há como definí-los. A construção po...