Por onde andará Macunaíma?
O poeta é um fingidor
chove aqui dentro
mais do que lá fora
eu tenho pressa
de olhar teus olhos
nesse mar de angra
o pau brasil sangra
enquanto isso
ela passeia no egito
entre templos sagrados
dessas múmias quânticas
me perdoa
o poeta é um fingidor
mas eu não sou Fernando Pessoa
poema atávico
e se a gente se amasse uma vez só
a tarde ainda arde primavera tanta
nesse outubro quanto
de manhãs tão cinzas
nesse momento em Bento Gonçalves
Mauri Menegotto termina
de lapidar mais uma pedra
tem seus olhos no brilho da escultura
confesso tenho andado meio triste
na geografia da distância
esse poema atávico tem
a cor da tua pele
a carne sob os lençóis
onde meus dedos
ainda não nasceram
algum deus
anda me pregando peças
num lance de dados mallarmaicos
comovido
ainda te procuro em palavras
aramaicas
e a pele dos meus olhos anda perdida
em teu vestido
Tropicalirismo
girassóis pousando
Nu – teu corpo festa
beija flor seresta
poesia fosse
esse sol que emana
do teu fogo farto
lambuzando a uva
de saliva doce
O poeta enquanto coisa
teus olhos
velam mistérios
teus olhos
guardam segredos
um mar de verde/amarelo
azul de um tempo abstrato
branco na íris retina
teus olhos
serpentes da china
assassinos daquela menina
teu veneno enigmático
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Fulinaima MultiProjetos
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