segunda-feira, 28 de março de 2022

era uma vez um rio

 


Com clic da minha fotógrafa Alice Melo Monteiro Gomes eu Artur Gomes, O Poeta Enquanto Coisa , aqui maravilhado com a Macumbança do meu mestre Igor Fagundes

esse templo obscuro não me pira
eu sou da lira eu sou da gira
o meu cavalo come o bispo
no xadrez que é o seu altar
isa luísa isa dora isa agora
me beija a boca a rosa louca
em seu delírio me ensinou a delirar

Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa

www.secretasjuras.blogspot.com


Navegar é Preciso

 

por mares nunca dantes navegados

 

poética 10

 

nem todo segredo é secreto

nem todo segredo é guardado

o corpo mesmo dentro dos panos

no espelho é revelado

amor mesmo quando profano

tem muito mais de sagrado

 

O Poeta Enquanto Coisa

Editora Penalux - 2020

- Cine Vídeo Poesia

https://www.youtube.com/user/cabanagaivotas/videos



Poemas Para Todas As Horas

http://bit.ly/PoemasParaTodasAsHoras

 Poucos poetas contemporâneos expressam tão bem as principais bandeiras do Modernismo de 22 quanto esse vate pós-moderno. Sua poesia é política, antropofágica, nonsense, musical, polifônica e sobretudo intertextual, além de dotada de uma brasilidade corrosiva, avessa ao nacionalismo acrítico que se tem espraiado pela ex-terra de “Santa cruz”.

 Adriano Moura – fragmento do texto sobre O Homem Com A Flor Na Boca – livro inédito de Artur Gomes com previsão de lançamento em 2023


Era Uma Vez Um Rio

Poesia – Antônio Roberto de Góis Cavalcanti – Kapi

Voz – Artur Gomes

Participação especial – Gisele Canela

Trilha sonora – Madan sobre poema de Olga Savary https://www.youtube.com/watch?v=vJ4I_oM1U3A&t=150s

Mostra Cine Vídeo De Poesia Falada

na página Studio Fulinaíma Produção Audiovisual https://www.facebook.com/studiofulinaima




Um passeio pela Prainha  

Wilson Coêlho

Os barcos que espreitam
por detrás da forquilha
de uma árvore testemunha
são olhos silenciosos
guardiões da história
esquecida da Prainha
onde se supondo em terra firme
transitam indiferentes
os que sonham
a possibilidade de algo
além do visível
os que caminham sobre os pés
inconscientes dos cadáveres
pisoteados pela colonização
e entre a maresia
e o cheiro dos peixes
já não se percebem
e não se dão conta
de um passado presente
que nos visita
através dos espíritos dos indígenas
assassinados pela ganância
cuja existência tem sido adulterada
pela pedagogia do progresso. 



Fulinaíma MultiProjetos

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

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