A flor dos meus delírios
tem um nome indecifrável
quase impossível e se definir
passeia na ponta da minha língua
uma palavra com J
faz tempo acho que desde 1996
numa madrugada de agosto
na fonte do desejo
bebi tua sede de vinho
tua carne não matou a minha fome
ainda – nas entranhas dos vinhedos
mesmo que não quisesse negar não posso
seria falso dizer que não desejo
Artur Gomes
6 – abril – 2023
O Homem Com A Flor Na Boca
https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/
não sou iluminista nem pretender eu
quero o cravo e a rosa comer o verso e a prosa devorar a lírica a métrica a
carne da musa seja branca negra verde amarela cafuza eu sou do mato curupira
carrapato sou da febre sou dos ossos sou da lira do delírio São Virgílio é o
meu sócio Pernambuco Amaralina vida breve ou sempre vida severina seja mulher
ou só menina que sendo santa prostituta cafetina devorar é minha sina e
profanar é o meu negócio.
Artur Gomes
Juras Secretas
https://secretasjuras.blogspot.com/
clique no link para ver o vídeo
https://www.facebook.com/artur.fulinaima.5/videos/5937508863013967
quando você me aperta o coração
cortando da gaivota
o silêncio
da solidão, o frio
aprendo aos poucos os acordes de "La Vie em
Rose"
te dou metade d palavra amor
e espero do caminho,
a outra metade
Natália Agra
do livro De Repente Chuva
Corsário Satã - 2017
memórias no
desassossego
não sou Fernando Pessoa
mas acordei com o coração em alvoroço
aliás nem dormi literalmente no desassossego
na memória Uilcon Pereira passeava
com o seu coração de boatos
a procura do Gabriel de La Puente
que até hoje não sabemos a ponte
por onde atravessou sem direito a despedida
a luz do Farol da Barra me vem aos olhos
de um amor que vem chegando
e me promete acarajés e escadarias
o tempo ah! o tempo e seus contornos inesperados
quando iria imaginar que depois de ouvir por tanto
tempo
com paixão sem limites
Gil
Caetano
Gal
Bethânia
estaria agora assim tão assim
no colo de uma baiana
bebendo o líquido bom
que algum deus me reservou
e deixou guardada para mim. ?
Artur Gomes
na memória do desassossego
O
Poeta Enquanto Coisa
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