CONVITE
A Diretoria da ONG Beija Flor – Casa da Solidariedade tem o prazer e orgulho em convidar toda população de São Francisco do Itabapoana, principalmente moradores de Gargaú, para a Inauguração da Biblioteca Bracutaia, projeto idealizado pelo nosso Diretor de Arte Cultura, Artur Gomes, que estará presente, para um bate papo com o público, sobre as atividades que pretendemos desenvolver na Casa.
Aproveitamos também para convidar você a conhecer a UNIASSELVI nossa futura parceira nessa grande jornada.
https://blog.uniasselvi.com.br/
São Francisco do Itabapoana-RJ – 27 de Abril de 2022
Luiz Cesar - Sorriso – Ong Beija Flor – Casa da Solidariedade
Leia mais no blog
https://centrodeartefulinaima.blogspot.com/
Só uma coisa me entristece
O beijo de amor que eu não roubei
A jura secreta que eu não fiz
A briga de amor que eu não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que quero me suprime
Do que, por não saber, 'inda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri
Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que eu não causei
Nada do que posso me alucina, oh
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que quero me suprime
Do que, por não saber, 'inda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri
Só uma palavra me devora
Aquela que o meu coração não diz, não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que eu não sofri
Sueli Costa/Abel Silva
ouça na voz de Fagner
https://www.youtube.com/watch?v=N1FIy7eKYFM&list=RDMMN1FIy7eKYFM&start_radio=1
Jura secreta 56
ainda que fosse viagem
de metrô ou fantasia
e o assunto que eu mais queria
fosse o que não dissesse
e o mar apenas trouxesse
gaivotas sobre os cabelos
vento sol maresia
e o líquido que não bebemos
fosse conhac ou cerveja
mesmo assim a vida seja
entre o que os pelos lateja
o que a tua boca não fala
o que a tua língua não prova
e a prova das dezessete
te levasse mais cedo
inda assim não tenha medo
a palavra entre meus dedos
é o que ainda não disse
miragem essa coisa nova
agora revisitada
naquela hora marcada
de tudo o que não fizemos
Jura secreta 57
meta metáfora no poema meta
como alcançá-la plena
no impulso onde universo pulsa
no poema onde estico prumo
onde o nervo da palavra cresce
onde a linha que separa a pele
é o tecido que o teu corpo veste
como alcançá-la pluma
nessa teia que aranha tece
entre um beijo outro no mamilo
onde aquilo que a pele em prumo
rompe a linha do sentido e cresce
onde o nervo da palavra sobe
o tecido do teu corpo desce
onde a teia que o alcançar descobre
no sentido que o poema é prece
Jura secreta 58
a carne que me cobre é fraca
a língua que me fala é faca
o olho que me olha vaca
alfa me querendo beta
juro que não sou poeta
a ninfa que me ímã
quando arquiteta
o salto da abelha
quando mel em flor
e pulsa pulsa pulsa pulsa
na matéria negra cor
quando a pele que veste é nada
éter pluma seda em pelo
quando custa estar em Arcozelo
desatar a lã dos fios do novelo
em pleno sol de Amsterdã
desvendar Hollanda
nos mistérios da palavra
por entre o nó dos cotovelos?
jura secreta 59
a coisa que me habita é pólvora
dinamite em ponto de explosão
o país em que habito é nunca
me verás rendido a normas
ou leis que me impeçam a fala
a rua onde trafego é amplo
atalho pra o submundo
do escavado fosso
o poço
onde mergulho é fundo
vai da pele que me cobre a carne
ao nervo mais íntimo do osso
Jura secreta 60
qualquer palavra eu invento
na carnadura dos ossos
na escriDura do éter
na concretude do vento
na engrenagem da sílaba
vocabulário onde posso
dar nome próprio ao veneno
que tem o Agro Negócio
Jura Secreta 61
pele grafia
meus lábios em teus ouvidos
flechas netuno cupido
a faca na língua a língua na faca
a febre em patas de vaca
as unhas sujas de Lorca
cebola pré sal com pimenta
tempero sabre de fogo
na tua língua com coentro
qualquer paixão re/invento
o corpo/mar quando agita
na preamar arrebenta
espuma esperma semeia
sementes letra por letra
na bruma branca da areia
sem pensar qualquer sentido
grafito em teu corpo despido
poemas na lua cheia
Juras secreta 62
tenho estado
entre o fio e a navalha
perigosamente – no limite
pulando a cerca da fronteira
entre o teu estado de sítio
e o meu estado de surto
só curto a palavra viva
odeio uma língua morta
poema que presta é linguagem
pratico a SagaraNAgem
na esquina da rua torta
Artur Gomes
do livro Juras Secretas
Editora Penalux - Guaratinguetá-SP
2018
https://secretasjuras.blogspot.com/
Fulinaíma MultiProjetos
Nenhum comentário:
Postar um comentário