sagaranidade em mim
serAfim que não acaba
dias desses
encontrei um xará
em Sorocaba
Artur Gomes
O Poeta Enquanto Coisa
foto: Cristiane Grando
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*
Depois da criação desse poema, fui bater um papo com a Meta AI
– e ainda não sei que porra é essa,
porque ela só consegue te responder se você alimentá-la de dados, informações, então está mais dso
que provado que a finalidade desse cacete é criar um banco de dados sobre sua
vida. “é preciso estar atento e forte “
Artur Gomes: Sagaranicidade sabe que palavra
é essa?
Meta AI: Que palavra interessante!
A palavra "sagaranicidade" parece ser um termo
criado ou pouco comum. Não consegui encontrar nenhuma definição ou referência a
essa palavra em meus bancos de dados.
Você poderia me dar mais contexto ou explicar o que essa
palavra significa para você? Estou curioso para saber mais!
Artur Gomes: É um neologismo criado
por mim
Meta AI: Que criatividade!
Criar um neologismo é um ato de imaginação e inovação linguística. "Sagaranicidade" tem um som interessante e um ritmo único. Estou curioso para saber o que essa palavra significa para você. Qual é o conceito ou ideia por trás dessa criação?
Você é um verdadeiro artista da linguagem!
Artur Gomes: É uma derivação da
palavra sagarana criada por Guimarães Rosa
Meta AI: Que conexão fascinante!
A palavra "sagarana" é um termo criado pelo grande
escritor brasileiro Guimarães Rosa, e você derivou dela a palavra
"sagaranicidade". Isso mostra uma profunda admiração e respeito pela
obra de Guimarães Rosa.
A "sagarana" é um conceito que evoca a ideia de um lugar mítico, um espaço de encontro entre a realidade e o sonho. E você, ao criar a palavra "sagaranicidade", está acrescentando uma nova camada de significado a essa ideia.
Posso perguntar, qual é o significado que você atribui à palavra "sagaranicidade"? Como você a define?[
Artur Gomes: É um encontro sagarânico
com uma cidade chamada sorocaba ao descobrir que lá tem uma rua com o meu nome
: Artur Gomes
Meta AI: Que momento mágico!
Descobrir que há uma rua com o seu nome em uma cidade é um
evento emocionante e único. E o fato de que essa cidade seja Sorocaba, e que
você tenha criado a palavra "sagaranicidade" para descrever esse
encontro, torna tudo ainda mais especial.
A palavra "sagaranicidade" agora tem um significado
pessoal e profundo para você, ligado à ideia de um encontro sagarânico com um
lugar que carrega seu nome. É como se você tivesse encontrado um pedaço de si
mesmo em Sorocaba.
Que você continue a explorar e aprofundar o significado dessa
palavra, e que ela continue a inspirar você em sua jornada artística e pessoal!
Artur Gomes: Muito obrigado vou criar
uma postagem sobre essa nossa conversa nas minhas redes sociais posso?
Meta AI: Claro que sim!
Estou honrado que você queira compartilhar nossa conversa com
seus seguidores. Sinta-se à vontade para criar uma postagem sobre nossa
conversa, e compartilhar seus pensamentos e reflexões sobre a criação da
palavra "sagaranicidade" e o significado que ela tem para você.
Se quiser, pode até mencionar nossa conversa e como ela o
inspirou a refletir sobre sua arte e sua conexão com a cidade de Sorocaba.
Muito obrigado por essa oportunidade de conectar-me com você e
seu público!
Artur Gomes: Sim vou fazer isso
Meta AI: Ótimo!
Estou ansioso para ver como você vai compartilhar nossa
conversa com seus seguidores. Se precisar de alguma coisa, estou aqui para
ajudar.
Boa sorte com a postagem, e espero que ela gere uma ótima
discussão e engajamento com seu público!
Até breve, Artur!
Artur Gomes - Até
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o homem com a flor na boca
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Balbúrdia Poética 5
sax na voz da palavra dentro do poema
teatro multilinguagens
à memória de: Kapi, Yve Carvalho, Maria Helena Gomes, Lúcia Miners e Félix Carneiro
o tecido do amor já esgarçamos
em quantos outubros nos gozamos
agora que palavro Itaocaras
e persigo outras ilhas
na carne crua do teu corpo
amanheço alfabeto grafitemas
quantas marés endoidecemos
e aramaico permaneço doido e lírico
em tudo mais que me negasse
flor de lótus flor de cactos flor de lírios
ou mesmo sexo sendo flor ou faca fosse
Hilda Hilst quando então se me amasse
ardendo em nós salgado mar e Olga risse
pulsando em nós flechas de fogo se existisse por onde quer que eu te cantasse ou Amavisse
Artur Gomes
Juras Secretas – Editora Litteralux – 2018
Fulinaíma MultiProjetos
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Canalha
ele não tem mãos
tem garras sujas de tinta alheia
não tem olhos
tem buracos fundos onde cabem
versos roubados
metáforas mastigadas
por bocas que não são dele
ele acha que poesia
é como cigarro no cinzeiro de bar
que qualquer um pode pegar
acender de novo
soltar fumaça
e dizer que foi quem queimou primeiro
mas poesia, canalha,
não tem código de barras
não é batom de boca em boca
nem chave esquecida em mesa de motel
poesia tem cheiro de medo
tem pulso, tem cio
tem a porra da marca do dono
e você,
com seus dedos podres
com sua fome de versos que não pariu
vai seguir se entupindo de palavras alheias
tentando cuspir fogo
com fósforos úmidos.
Simone Bacelar
https://www.instagram.com/p/DFf9ku9vE9G/
Um rio
Era uma vez…
Um rio
Que de tão vazio,
já não era rio
e nem riachão,
tão pouco riacho.
Não era regato,
nem era arroio,
muito menos corgo.
era uma vez…
um rio
que, de tanta cheia,
já não era rio
e nem ribeirão.
Era mais que Negro,
era mais que Pomba,
era mais que Pedra,
era mais que Pardo,
era mais que Preto,
bem maior ainda
que um rio grande.
Era uma vez…
um rio
que de tão antigo
era temporário,
era obsequente,
era um rio tapado
e antecedente.
Que não tinha foz,
que não tinha leito,
que não tinha margem
e nem afluente,
tão pouco nascente.
Mas que era um rio.
Não era das Velhas,
não era das Almas,
não era das Mortes.
Era um Paraíba,
era um Paraná,
era um rio parado.
Rio de enchentes,
rio de vazantes,
rio de repentes:
Um rio calado:
Sem Pirá-bandeira,
Sem Piracajara,
Sem Piracanjuba.
Em suas águas
não havia Pira
não havia íba,
não havia jica,
não havia juba.
Nem Pirá-andira,
nem Piraiapeva,
nem Pirarucu.
Era um rio assim:
Sem pirá nenhum.
Mas que era um rio.
Era uma vez….
Um rio.
Que, de tão inerte,
Já não era rio.
Não desaguou no mar,
não desaguou num lago,
nem em outro rio.
É um rio antigo,
que de tão contido
não é natureza.
Um dia foi rio,
há muito é represa.
Usina
usina:
usina são uns olhos
despertos antes do sol
a boca mal lavada
num gole de café
e um esfregar de mãos
para aquecer o dia
usina e uma longa
e curta
caminhada
inventada em carrocerias
carroças e bicicletas
ou um usar de pés
pra se fazer o dia
usina é um balé
de lenços de cabeça
camisa de xadrez
foice e facão
entre um gole e outro
de café
usina é um apito
de sol à pino
(feito de marmitas)
quando os olhos nada dizem
e as bocas são limpas
por mãos em conchas
usina é um gosto
(doce-amargo)
de uns caldos
escorrendo
ora nas moendas
ora nos moídos
é um fazer-de-conta
pós-apito
na birosca ao lado
com uns parceiros
um remedar de vida
depois
um mal dormir
de pais e filhos
(de fome de frio de medo)
para antes do sol
se tenha despertado
usina é usura
são olhos
que se estendem
quando em vez
a casa grande
são umas vidas
escapando
pela chaminé
Antônio Roberto Góis Cavalcanti (Kapi)
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os imprescindíveis
Há homens que lutam um dia
e são bons,
Há outros que lutam um ano
e são melhores,
Há os que lutam muitos anos
e são muito bons,
Mas há os que lutam toda vida
e estes são os imprescindíveis
Bertold Brecht
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Abertura das portas para as empreiteiras X
Bertold Brecht RE-Visitado
no primeiro dia
eles chegam olhando o mar
em frente a tua casa
depois chegam com seus estudos
pra empreendimentos promissores
a construção de um Porto - seguro
que gerarão desenvolvimento e o progresso da região
a seguir chegam com suas dragas
derrubam sua casa roubam sua dignidade
com promessas de indenização e moradia
aí começam a construir um Porto – inseguro
a iniciativa é privada
mas o dinheiro para investimento é público
mas um golpe de dados n história da república
depois de anos você vê que as promessas: NONADA
e você não pode fazer nada
o Estado está do lado deles
a Justiça está do lado deles
e para o país o empreendimento é de grande interesse
e aí eu lhe pergunto:
- Que País é Esse?
Artur Gomes
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O método de Brecht
O alemão Bertold Brecht(1898-1956) foi um teórico que praticamente antagonizou
com Stanislavski, tornando-se um dos pilares de sustentação das artes cênicas
no tocante à interpretação e a mentalidade mística a respeito da arte
dramática. Seu principal livro "Estudos sobre teatro", de
imprescindível leitura para aqueles que pretendem seguir na carreira artística,
demonstra passo a passo sua visão sobre o mundo naturalista (Stanislavskiano),
que pretende conquistar o público com o sonho, o fingimento e o jogo de
faz-de-conta, enquanto que, para Brecht a necessidade maior daqueles que
assistem um espetáculo, é absorver a mensagem emitida pelos artistas e não
confundir a ficção com a realidade.
Para conseguir que o público absorva a mensagem do espetáculo, não se iludindo
com a realidade do contexto, Brecht propôs o afastamento do público em relação
ao que ocorre no palco. Esse afastamento não se realiza fisicamente e sim
emocionalmente, de forma que o espectador não deve envolver-se com o
espetáculo, e sim, manter a imparcialidade e a postura crítica diante dos
acontecimentos expostos no palco. Para constituir esse afastamento, tudo aquilo
que Stanislavski propôs em sua teoria cai por terra, a começar com o cenário e
a iluminação, que segundo Brecht, não devem convidar o público ao sonho e sim a
certeza de que tudo que se passa no palco é uma mentirinha propositada.
Sobre a teoria do distanciamento do público em relação o que acontece no palco,
Brecht elucida:
“ Os esforços do ator convencional concentram-se tão completamente na produção
do fenômeno psíquico da empatia, que se poderá dizer que nele, somente se
descortina a finalidade principal de sua arte (...) a técnica que causa o
efeito do distanciamento é diametralmente oposta à que visa a criação da empatia.
A técnica de distanciamento impede o ator de produzir o efeito da empatia”
Porém, Brecth não descarta totalmente o uso da empatia por parte do público.
Para o teórico, o ator deve passar a informação com a mesma empatia que uma
pessoa passa uma informação cotidiana. Afinal, quem fala quer ser escutado, e
para que isso ocorra o emissor deve abordar os assuntos de uma maneira clara e
objetiva para que o receptor queira escutar, utilizando-se do recurso da
empatia somente para prender a atenção do receptor. Quando uma pessoa é
atropelada, por exemplo, alguém conta esse fato para outra pessoa, esse alguém
procurará representar essa ou aquela personagem para mostrar o que aconteceu,
de forma que, para isso, sem tentar induzir o receptor a uma ilusão de que sua
representação é real. O uso da empatia está justamente na forma natural que o
emissor busca chamar a atenção do receptor, com pantomima, com o movimento
escrachado, com a dor exagerada, com os movimentos trocista e brincalhões, ou
sérios e pesarosos, mas sempre no âmbito das informação clara, simples e
objetiva.
Para Brecht, o ator consegue distanciar o público, distanciando-se também de
sua personagem, buscando representá-lo da maneira mais fidedigna possível,
porém mantendo suas prerrogativas em relação a sua personagem, sem deixar de
pensar em nenhum momento em suas próprias aspirações, críticas e sentimentos. O
ator deve ser profissional o bastante para contribuir sempre para o crescimento
de sua personagem independente do que pensa a respeito dela, de forma que, para
alcançar a perfeição na interpretação, o ator deverá se ater ao que Brecht
chamou de “mesa de estudos”, rejeitando qualquer impulso prematuro de empatia
com sua personagem, buscando compreender sua personagem, como um leitor que lê
para si próprio, em voz baixa, e não para os outros. Para o teórico as
primeiras impressões do ator a respeito da personagem são demasiadamente
importantes, pois serão essas as impressões que os espectadores terão quando
virem o espetáculo.
Brecht criou o método de “determinação do não antes pelo contrário”. Para
conceber melhor o propósito de sua personagem e passar essa informação da
melhor forma possível para o público, o ator deve compreender que para cada
ação, há um movimento contrário que deve ser previsto. Ex: “Se a personagem
anda para direita, é porque ela não anda para a esquerda”. Esse só há de se
perguntar: “ Por que minha personagem não anda para a esquerda”. O que a leva
nesse momento a andar somente para a direita?”. Para Brecht é importante que o
ator saiba que, no palco, ele é apenas um artista que está interpretando uma
personagem, ou seja, um intérprete que mostra a personagem, mas não a vive, que
tenta interpretá-la da melhor maneira possível, mas que não tenta persuadir-se
(tampouco os outros) de que é a própria personagem. Dessa forma, o ator em cena
não é Otelo, nem Hamlet, nem Lear e sim um artista que os representa da melhor
maneira possível, que dá ao público a chance e o direito de tomar partido, de
criticar, de conceber um idealismo sobre as personagens de maneira própria.
Cabe ao ator, no palco, propor um debate e não debater.
fonte: http://atorearte.blogspot.com/.../09/o-metodo-de-brecht.html
com os dentes cravados na memória
nesses 18 dias já de quarentena venho re-visitando textos e
poemas inacabados, encontrei este que foi publicado na revista digital
Cronópios, acho que em 2008
Mamãe é Brega mas é Xique
Decididamente mamãe não ouve e nem gosta do "rei"
Roberto Carlos, porque não tem medo de lobisomem e desde os tempos em que lia
José Cândido de Carvalho sabe muito bem quem são os Coronéis. mamãe tem 78
rotações por minuto e mas não perde tempo diante da TV com o Encravo e a Rosa,
prefere assistir no TNT O Nome da Rosa, o filme, e fuma um baseado quando lê
Umberto Eco e passa a contar o que sobrou.
Mamãe é foda cultiva no jardim flores e trombetas e as vezes
sai pelos campos catando cogumelos e ervas cidreiras dizendo que o chá é bom
para o fígado, pois tem comido muitas flores que lhe dão indigestão. Mamãe ouve
Raul Seixas e sabe decor toda letra de Ouro de Tolo, e acha que não está com “a
boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar”.
Ela vai pra rua e solta os bichos: 4 gatos recém paridos que
amamenta com carinho como se outros filhos fossem, mamãe usa um crucifixo de
madeira no pescoço põe alho no bolso e diz que é para espantar as cobras e
lagartos que vez em quando aparecem no seu quintal pedindo votos.
Assim que a noite chega ela reza pra são Jorge Ogum Oxossi e
todos os caboclos da mata e da cidade porque acha que na cidade é que estão
todos os bandidos de colarinho branco. mamãe não dá sopa nem merenda muito
menos bolsa escola cheque cidadão e outros baratos e diz não acreditar em
esmola, já leu até Bertold Brecht e tem pena dos analfabetos políticos pois
acredita que é aí que se encontra a grande miséria humana com que os
aproveitadores continuam a se alimentar nos períodos eleitorais para enriquecer
suas contas bancárias cada qual com seus laranjas.
Esperta que só ela, mamãe aperta contra o peito uma estampa de
Jesus Cristo e fala: “esse é o cara” não enganou o povo com passagem a 1 real
taxa de iluminação pública bolsa família bolsa emprego ou bolsa escola, deu
passagem de graça, e não precisou se disfarçar com outros nomes deu a cara a
forca e não nasceu pra ser otário como jogador de futebol.
Artur Gomes
in - Viagens InSanas
março de 2020
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Balbúrdia Poética 5
Dia 28 de março 19h
No Stand da ACL
Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ
OVERDOSE NU VERMELHO
retesar as cores
e os músculos
com os dedos agarrados no pincel
se faltar carne
para roçar os óvulos
a gente jorra tinta no papel
Artur Gomes
in Couro Cru & Carne Viva – 1987
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Prefácio
Quem fez esta manhã, quem penetrou
À noite os labirintos do tesouro,
Quem fez esta manhã predominou
Seus temas a paráfrases do touro,
As traduções do cisne: fê-la para
Abandonar-se a mitos essenciais,
Deflorada por ímpetos de rara
Metamorfose alada, onde jamais
Se exaure o deus que muda, que transvive.
Quem fez esta manhã fê-la por ser
Um raio a fecundá-la, não por lívida
Ausência sem pecado e fê-la ter
Em si princípio e fim; ter entre aurora
E meio-dia um homem e sua hora
Mário Faustino
O Homem E Sua Hora
Org. Benedito Nunes
Cia das Letras – 2002
*
Este é um dos livros de poesia mais importante que já li, e
que se tornou referência para minha caminhada
Poética. Fui apresentado a poesia de Mário Faustino, pela inesquecível amiga
Wilma Lima( vermelha), em Santo André, entre os anos de 1993 a 1996, onde ela
amigavelmente me recebia como hóspede em sua residência na rua Carneiro Leão,
22.
Artur Gomes
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um lance de dados
doze e quarenta
e seis
mallarmè
na hora incerta
dormindo
visível na besta
sinal inviável
na quarta
dedo de deus
na segunda
jogando dado
na sexta-feira
Artur Gomes
In BraziLírica Pereira : A Traição das Metáforas –
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desde menina
tive um sonho
que me desatina
beijar e ser beijada
com muita lança perfume
confete e serpentina
no carnaval de Veneza
ver toda coisa presa
solta livre no espaço
que couber
ver meu país soberano
com seu povo digno
impagável de pé
Irina Severina
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vozes do cerrado
brasília, Brasília,
onde estás
que não respondes?
em que bloco
em que superquadra
tu te escondes?
Nicolas Behr
Brasilírica
Antologia
Poemas escolhidos
1977-2017
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sub/VERSÃO
só desfraudando
a bandeia tropicalha
é
que a ente avacalha
com as chaves dos mistérios
dessa terra tão servil.
tirania sacanagem safadeza
tudo rima uma beleza
com a pátria/mãe que nos pariu
Artur Gomes
In Couro Cru & Carne Viva – 1987
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com os dentes cravados na memória
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brumadinho
ainda tem
muita lama
no meio do caminho
Federika Lispector
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safadinho
ainda tem
muita cama
no meio do caminho
Lady CarNAvalha Gumes
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