quinta-feira, 28 de setembro de 2023

carne viva da loucura

quem me vê

assim

tão comportado

 

não sabe

o que se passa

aqui no centro

 

não sabe do vulcão

em erupção

nesse serTão

do mato dentro

 

Artur Gomes

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https://fulinaimacentrodearte.blogspot.com/



irreverência

ou morte

disse-me

federico daudelaire

 

o mestre/sala

da mocidade independente

de padre olivácio

 

e escola de samba

oculta

no inconsciente coletivo

 

não fujo do perigo

no asfalto

o beijo sujo

 

é preciso

estar atento e forte

não temos tempo

de temer a morte

 

disse-me caetano

na canção tropicalista

 

o genocida  anda solto

não podemos

nos perder de vista

 

Artur Gomes

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www.fulinaimargem.blogspot.com


carne viva da loucura

 

escrevo

pra não morrer

antes da morte

 

me disse

 

gigi mocidade

no homem

com a flor na boca

 

transitivo

ou intransitivo

vivo

 

na mais sagrada

ilógica

do inconsciente

coletivo

 

na semeadura

dos ossos

enquanto posso

palavrar

o que procuro

enquanto ócio

vou lavrando

o criativo

 

na carne viva

     da loucura

 

Artur Fulinaíma

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https://arturkabrunco.blogspot.com/



 poesia muito prosa as vezes pedra noutras vezes fedra quero dizer que ainda arde a palavra na palavra corpo quando carne e sangue incendeiam o paiol de milho na fazenda da infância cacomanga era um tempo de fartura enxada na enxada do poema

 

Artur Gomes

O Homem Com A Flor Na Boca

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estávamos em um papo descontraído no domingo no FDP numa roda de amigos e estava rolando no palco uma mesa sobre cerveja e cachaça e um deles me perguntou se preciso de alguma bebida específica para  detonar meu estado de poesia respondi especificamente que não mas como sou por demais envolvido com as milotologias gregas afros e romanas nada que um bom vinho como esse agora não vá fazer a diferença escrevi as juras secretas em sua maioria em bento gonçalves e por lá estivemos sempre em estado de vinho e poesia 


sala de ensaio

 

moram dentro o mar
dois olhos florescentes 
por trás desta paisagem
não são olhos de peixe
são dois feixes de luz
dois faróis brilhantes
que olham infinito
desde um outro tempo
mar de outras eras
nem era primavera 
aquela vez primeira 
nem era quarta feira
na sala de ensaio
diante dos espelhos
os olhos como raios

 encontraram os meus 

nem brilhavam ainda 
como brilham agora
neste mar de Zeus

 

Artur Gomes 


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