Poesia é a escuta do silêncio Drummundo
Depois de muito ler reler o livro O silêncio é a música mais
antiga do mundo, da minha querida Kalu Coelho, depois de ouvir a fala de Sylvia
Paes, fazendo a sua fala sobre Kalu, depois da minha fala com a leitura de
alguns poemas do livro, e depois de ouví-la.
Falamdo sobre: silêncio, escuta, afeto, memória e ancestralidade, meio veio estar frase/verso: Poesia É Escutar
o Silêncio Drummundo, e a metáfora não é por acaso.
Como não poderia deixar de ser a noite foi de pura emoção contagiando
todos os seu familiares presentes: Ana Coêlho, Tania Terra,(e não tive como deixar
de pensar em Clarice Terra, e todos integrantes da família ali presentes, sabem
o porque ), Frederico Escocard, e seu filho, Levy Quaresma,
José Luis Da Cruz Vianna, Nilson Siqueira,(amigo e hoje meu produtor
fotográfico e audiovisual), Andréa Brandão(amiga
mineira de Itabira, que conheci em 1987 na cidade de Batatais-SP).
Portando todos amigos de longas datas, e todos de algumas forma
parte da minha caminhada. Não tinha como naquele momento deixar de pensar em Hélio
de Freitas Coêlho(o pai), e Edgar Coêlho dos Santos(avô), Duas pessoas, de
significado ímpar na minha trajetória no atravessamento na cidade de Campos dos
Goytacazes-RJ, com a produção poética.
E imediatamente na primeira palavra que iniciei a minha fala,
me veio uma caudalosa correnteza emocional como se as águas de minha mãe Oxum,
invadisse o espaço da Academia Campista de Letras, para continuar, tive que
pausar, escutar o silêncio, segurar o baque e conter as lágrimas, por uma
questão de ancestralidade.
Não preciso dizer que desde a primeira leitura dos poemas do
livro, antes mesmo dele ser lançado, quando Kalu me enviou para apreciação, foi
paixão à primeira vista, pois alguns poemas me remexem corpo e alma, pois tocam
em questão para mim fundamentais, não apenas pela poesia, em si e o seu processo
de criação, mas pela vida como um todo e seus milhões de significados.
Eis um desses poemas:
Ancestralidade
Quando eu nasci
minha filha já me sonhava
no sono de minha mãe.
Ela nasceu da neta de minha avó.
Ela me continua
Todo dia.
de onde eu vim
as coisas não tem começo
e nem fim.
Eu nunca fui só
e antes de morrer
preciso parir minha bisavó.
Kalu Coelho
O silêncio é a música mais antiga do mundo
leia mais no blog
Artur Gomes FULINAIMAGENS
https://fulinaimicamente.blogspot.com/
fotos: Nilson Siqueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário