sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Live em homenagem a Antônio Cícero

No próximo dia 23 às 16:hs à convite da minha amiga Renata Barcellos BarcellArtes estaremos nessa live em homenagem a memória de Antônio Cícero

https://www.youtube.com/live/ed5vFBpRtdQ?feature=shared



DIAMANTE 

O amor seria fogo ou ar

em movimento, chama ao vento;

e no entanto é tão duro amar

este amor que o seu elemento

deve ser terra: diamante,

já que dura e fura e tortura

e fica tanto mais brilhante

quanto mais se atrita, e fulgura,

ao que parece, para sempre:

e às vezes volta a ser carvão

a rutilar incandescente

onde é mais funda a escuridão;

e volta indecente esplendor

e loucura e tesão e dor.


Guardar:

“Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não / se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. / Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto / é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. / Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, / velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela / ou ser por ela. / Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro / Do que pássaros sem voos. / Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se / declara e declama um poema: / Para guardá-lo: / Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: / Guarde o que quer que guarda um poema: / Por isso o lance do poema: / Por guardar-se o que se quer guardar.”

 

“O FIM DA VIDA

 

Conhece da humana lida

a sorte:

O único fim da vida

é a morte

e não há, depois da morte,

mais nada.

Eis o que torna esta vida

sagrada:

Ela é tudo e o resto, nada.”

 

Antônio Cícero

 

INVERNO

Antônio Cícero musicado e gravado por Adriana Calcanhoto

 

No dia em que fui mais feliz

Eu vi um avião

Se espelhar no seu olhar até sumir

De lá pra cá não sei

Caminho ao longo do canal

Faço longas cartas pra ninguém

E o inverno no Leblon é quase glacial

Há algo que jamais se esclareceu

Onde foi exatamente que larguei

Naquele dia mesmo

O leão que sempre cavalguei

Lá mesmo esqueci que o destino

Sempre me quis só

no deserto sem saudade, sem remorso só

Sem amarras, barco embriagado ao mar

Não sei o que em mim

Só quer me lembrar

Que um dia o céu

reuniu-se à terra um instante por nós dois

pouco antes do ocidente se assombrar.


Antônio Cícero

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BraziLírica Pereira : A Traição das Metáforas

certa vez em assombradado tive uma puta princesa do meu lado e a puta que pariu o presidente dos mil cheques tinha feito sua cama nos telhados da alvorada e a puta mãe depois foi descoberta vendendo alguns saquinhos de pó branco nas estradas vermelhas do planalto central de brazilíica lá pelas bandas da groelândia tupiniquim da bertolínia aziática onde nem pó de guaraná faz mais efeito estava escrito num para-choque de caminhão que trafegava pela estrada na direção transamazônica

Biúte Jóia Pereira 



inquisição:

por sermos duas metáforas novas, frescas, gostosas, desoprimidas e sem qualquer pseudo complexo de fidelidade é que estamos aqui em brazílica pereira, por sugestão da uilcona biúka diante desta outra inquisição. não, ainda não fomos apresentadas a lady federika bezerra. mas, a conhecemos pela sua fama internacional de porta/bandeira. macabea não pode se sentir frustrada pela nossa decisão de estarmos aqui neste confessionário, primeiro, porque não temos, e nunca tivemos nenhum compromisso com ela, segundo, é que alinhamos em outra frente liberal, e desfrutamos de todo direito de ir e vir, ter e dar prazer, gozar da forma que melhor nos convir. sexo? é uma opção  de gosto mesmo. até no palco, por quê não? irônicas? sim, nosso mestre serAfim nos ensinou que do sarcasmo nasce a grande arte. mas o importante é que nós como metáforas não precisamos estar somente em entre/linhas, estamos também nas entre/tuas entre/minhas, e não se trata de traição, procuramos fazer algo diferente, por exemplo, do que já vimos em filmes de Godard, construídos em larga medida só com citações e referências, apoiamo-nos nas coplagens como elementos  básicos para ultrapassá-los e transcende-los. agimos como uma espécie de conspiradoras conscientes dos bens culturais e materiais que nos pertencem como patrimônios da humanidade.

*

uma outra

não deveria, portanto, macabea vociferar aqui sua ira, acusando-nos veladamente de traidoras, sem assumir de fato em atitude pública a destilação desse veneno como palavra que não entra em cena.

as belas letras, para nós, começaram através das letras belas, narcisas pelos próprios nomes: metáforas, e por fidelidade a federika não traímos macabea, apenas não fazemos  parte de uma mesma concepção de que a palavra parte, e as letras que pretendemos belas não são simplesmente nossas, muito menos dela. podemos constatar com gratidão que emergem das lendas, fábulas, crônicas e contos, poemas de uma visão de mundo bem nítida e pessoal. talvez, quiçá, quem sabe única reflexão de ruidurbanos, restos de gravuras e resíduos tipográficos. ou seja: uma série de gestos amorosos, eróticos de novo, repletos de ironias sensuais, doce fervor, fogo de malícias explosão e gozo. por sinal, diga-se de passagem, que essas dimensões éticas, jurídico-morais, nunca nos interessaram. nossas relações com a propriedade privada, em todas as suas formas e    cristalizações históricas, sempre foram tranquilas e sem remorsos. 


1968

Ou

: a investigação

uilcorneana

 

quem és tu uilcon pereira?

que foste fazer na sorbonne

             ter aulas com sartre

               ou cantar a simone

                                            ? 


antilírica

 

eu não sou zen

muito menos zhô

nem tão pouco

zapa

nem ando na contra capa

do teu disquinho

digital

não alinho pela esquerda

nem à direita do fonema

vôo no centro/viagem

olho rasante/miragem

veia pulsante/poema

  

Artur Gomes

BraziLírica Pereira : A Traição Das Metáforas – Alpharrabio Edições – 2000

https://braziliricapereira.blogspot.com/


A

nomes ou numes?

- a massa um dia ainda comerá os biscoitos finos que fabrico. cantarolava DuBoi de Baudelaire pelo grande sertão serafim. pesava o trigo, lavava a roupa, amassava o pão. jesus um velho coronel de joão Gullar não querendo saber das massas mandou empastelar a padaria e incendiar o matadouro do caldo de cana. DuBoi pensou então em ir embora de brasílica: sertãozinho, santo André, ribeirão, rio preto, batatais e por fim nova granada de ouro preto e espanha. vestiu seu uniforme de gala e foi prestar depoimento na cpi das metáforas:.

- como produtor das artes cínicas e mentor intelectual da sagaranagem federico de albuquerque Baudelaire vulgo DuBoi de bouvoir, mestre-sala do grêmio recreativo e escola de samba mocidade independente de padre olivácio, tem somente a dizer que virgem aqui só eu. as demais podem dar o capricórnio, peixe, aquário, vênus, quem sabe até balança mas não cai. como mestre-sala dos prazeres dos mares  invisíveis entrego a vocês o destino das metáforas e volto à ilha das sereias. biscoitos finos, massas, padaria nem pão que o diabo amassou, às mulheres deixo somente a fome e meus olhos genitais.

*

drummundana itabirina

fedra margarida a resolvida desfilava pela última vez portando falo. decidira decepar o pênis e desnudar de vez a sua outra mulher. brazílica amanheceu incrédula: manchetes, vozerios, falatórios, assembléias, faixas, cartazes. por todos as vias multivias, multimeios os ofendidos habitantes brazilíricos inconformados com a fedra passearam em plebiscito vociferando Não ao Sim. e  margaria flor impávida lá  foi beira-mar olhando estrelas no cruzeiro. mas césar que não é castro continuou a pigmentar seu mastro  na outra parte da tela. e um dia fedra sorrindo,  com o pênis/baton da louca, foi ao boca de luar da fedra e voltou com o luar  na boca.


quatrilha

 

nasci na cacomanga

que amava tapera

que amava lagamar

que amava ururaí

cresci ali jogando bola

bola de meia bola de gude

em plena juventude

amei na comunidade

me veio então mocidade

com poesia no pulso

com poesia na veia

e nessa teia  aranha tece

um  novo dia amanhece

feliz na  maturidade

metáfora de um outro ser

quero matar a saudade

da terra que me viu crescer

abro a minha fala com esse

          que acabo de escrever

 

Artur Gomes

poema especialmente escrito em 17 novembro 2024 – para a fala que farei no Ciep João Borges Barreto em Ururaí – Campos dos Goytacazes-RJ – no próximo dia 19.

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e ela vai pintando

 o homem com a flor na boca

 com seus pincéis de aquarela

 poema que só é possível

pelas lentes dos olhos dela

 

Artur Gomes

poema do livro

O Homem Com A Flor Na Boca

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*

Com os Dentes Cravados na Memória

No dia 26/6, de 2019 acompanhado de Álvaro Manhães na guitarra e Iviih Cabral na percussão tive o prazer e honra de abrir a programação da Casa das Artes do SESC Campos, com um fragmento da performance Poesia Para Desconcertos. Tenho uma história ligada ao SESC que já se vão 45 anos. Em 1974 em parceria com Paulo Ciranda vencemos o Festival de Música com a canção Caminho de Paz.

Em 1975 voltei a vencer este mesmo Festival com a canção Ponto de Luz, em parceira com Vitor Meirelles (Pardal). Já perdi as contas de quantas performances das mais variadas multi/faces multi/mídias já fiz no SESC em eventos de Bossa Nova, Rock And Roll e Blues/Jazz. Também já perdi as contas de quantas Oficinas e Cursos nas áreas de Poesia e Teatro, já dirigi por lá.

Meus primeiros trabalhos como ator na década de 70, form realizados no SESC com direção de Orávio De Campos Soares, em 1976 com Fando e Liz, de Fernando Arrabal e em 1977 com Avatar, de Paulo Afonso Grisoli.

Gosto sempre de lembrar que na primeira edição do Boi-Pintadinho(1980), o SESC era o nosso QG, de lá saíamos em cortejo para a rua com o Boi puxado por uma, (então menina) de nome Rosângela, que mas tarde se tornaria Rosinha, a ex-governadora e ex-prefeita de Campos.

Em 2002, foi no SESC Campos que fizemos o primeiro lançamento do CD Fulinaíma Sax Blues Poesia.

A Casa das Artes do SESC Campos, está totalmente equipada e instrumentada para fomentar cultura e a produção artística não só de Campos, mas de toda a região Norte/Noroeste do Estado do Rio.


Artur Gomes

O Poeta Enquanto Coisa

Fulinaíma MultiProjetos

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@fulinaima @artur.gumes


          MOENDA

 

usina

mói a cana

o caldo e o bagaço

 

usina

mói o braço

a carne o osso

 

usina

mói o sangue

a fruta e o caroço

 

tritura suga torce

dos pés até o pescoço

 

e do alto da casa grande

os donos do engenho controlam

:

o saldo e o lucro

 

Artur Gomes

dos livros - Suor & Cio - 1985

e Pátria A(r)mada - Editora Desconcertos – 2019 – Prêmio Oswald de Andrade – UBE-Rio 2020 – 2ª Edição – 2022

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                              metáfora

 

meta dentro meta fora

que a meta desse trem agora

 é seta nesse tempo duro

meta palavra reta

 para abrir qualquer trincheira

na carne seca do futuro

meta dentro dessa meta

a chama da lamparina

com facho de fogo na retina

 pra clarear o fosso escuro

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A(r)mada

Prêmio Oswald de Andrade – UBE-Rio- 2020 - Desconcertos Editora –

2ª Edição 2022

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Artur Gomes – FULINAIMAGENS

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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Artur Gomes - Poesia Afro Tupiniquim

 

fulinaíma sax blues poesia

 

ela era Bruna

em noite de blues rasgado

soltou a voz feito Joplin

num canto desesperado

por ser primeiro de abril

aquele dia marcado

a voz rasgou a garganta

da santa loucura santa

com tanta força no canto

que até hoje me lembro

daquela musa na sala

com tua boca do inferno

beijando meus dentes na fala

 

Artur Gomes

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Artur Gomes – FULINAIMAGENS

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esse poema foi escrito depois da apresentação que fizemos – em 1º de Abril 2014 no Bar Dona Baronesa de Leny Moraes –  em Campos dos Goytacazes-RJ - - publicado no livro Pátria A(r)mada – 2ª Edição - 2022

 



com os dentes cravados na memória

em Bento Gonçalves Rio Grande do Sul de 1996 a 2016 era realizado o Congresso Brasileiro de Poesia, onde  todos os cantos e recantos da cidade por uma semana eram vestidos de poesia, praças, ruas, hospitais, manicômio e principalmente as Escolas.  

poema atávico

 

e se a gente se amasse uma vez só a tarde ainda arde primavera tanta nesse outubro quanto de manhãs tão cinzas nesse momento em Bento Gonçalves Mauri Menegotto termina de lapidar mais uma pedra  tem seus olhos no brilho da escultura confesso tenho andado meio triste na geografia da distância esse poema atávico tem  a cor da tua pele a carne sob os lençóis onde meus dedos ainda não nasceram algum deus  anda me pregando peças num lance de dados mallarmaicos comovido ainda te procuro em palavras aramaicas  e a pele dos meus olhos anda perdida em teu vestido

 

Artur Gomes

Diretor do Departamento Audiovisual

Do Proyecto Cultural Sur Brasil

Fulinaíma MultiProjetos

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    poema a(r)mado 

 

todo os dias

 capino a esperança 

escavando outras palavras 

 no chão desse quintal 

 e quando escrevo 

com enxada

 o poema é mais real

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A9r)mada

2ª Edição – Desconcertos Editora – 2022 – Prêmio Oswald de Andrade- UBE-Rio – 2020

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cacomanga 

 na roça desde cedo comecei a escavar palavras e separar uma das outras de acordo com o seu significado dar farelo de milho para os porcos e olhadura de cana para o gado aprendi que no terreiro não dependo de mercado e para que urbanidade se a cidade não tem paz com a enxada capinei a liberdade e descobri que ditadura é uma palavra que não cabe nunca mais

 

Artur Gomes

Poema do livro Pátria A9r)mada

2ª Edição – Desconcertos Editora – 2022 – Prêmio Oswald de Andrade- UBE-Rio – 2020

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Afrodite

 

para a  nova Pimenta do Reino

 eu falo eu fauno eu fumo

na espuma dos mares

de Zeus ou Vulcano

nos cornos do americano

 na pele clara da gema

nas brumas de Ipanema

ou nas Dunas do Barato

 

na era Atenas me disse

 pra Hera nunca dissemos

em grego a deusa do amor

em romano  mamilo de Vênus

também a irmã de Helena

 que a um outro rei Prometeu 

provocando a ira em Menelau

quando soube que Páris sou Eu


Dioniso das festas de Baco

 do vinho dos ritos das juras

Afrodite em mim criatura

Bacante que o cosmo me deu

a puta  da ilha de Creta

mulher quando o vinho é na cama

 a que sabe beber do que ama

sem pensar no que  Cronos secreta

 

Artur Gomes

Poema do livro

O Poeta Enquanto Coisa

Editora Penaçux – 2020

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segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Artur Gomes - Poesia Afro Tupiniquim

quem tem medo 

de Artur Gomes?

 

linguagem

o que vai

de um lado da ponte

a outra

é o que sai da boca

o que entra é a língua

a que entorta

beija sem pedir licença

chupa morde goza

na entrada e na saída

sem ter adeus na despedida

 

na argamassa do abstrato

no abstrato do concreto

sou um vampiro bêbado

                              de sangue

assassinei os alfarrábios

para inventar meu alfabeto

  

Artur Kabrunco

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Sarau Cultural

A Vitória Com Você

Dia 22 novembro - 19h

Local - CDL - Av. 7 de Setembro, 274

Campos dos Goytacazes-RJ

comemoração do aniversário da nossa querida amiga

Glória Jacinto e a eleição para Câmara de Vereadores do

Professor Wainer Teixeira de Castro

 

"o melhor está por vir"

 

Cezane não pintava flores

montado em seu cavalo alado

despeja cores

no corpo da mulher amada

com os pincéis

encravados entre as coxas

transformou Hollandas

em quintais de vento

reINventou o tempo

na hora de pintar

 

Artur Gomes

Fulinaíma MultiProjetos

22 99815-1268 – fulinaima@gmail.com

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lamparão

 

lamparina acesa no trovão

relâmpagos atravessam corredores

lá fora chove canivetes e navalhas

quebradeira geral no umbral

das coisas incompletas

relampejam  nos currais sacramentados

entre a desgraça e a glória

e aqui incorporados

nos porões da  nossa história

 

Artur Gomes

do livro inédito Vampiro Goytacá Canibal Tupiniquim

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Live em homenagem a Antônio Cícero

No próximo dia 23 às 16:hs à convite da minha amiga Renata Barcellos BarcellArtes estaremos nessa live em homenagem a memória de Antônio Cí...