Jura secreta 34
por que te amo
e amor não tem pele
nome ou sobrenome
não adianta chamar
que ele não vem quando se quer
porque tem seus próprios códigos
e segredos
mas não tenha medo
pode sangrar pode doer
e ferir fundo
mas é razão de estar no mundo
nem que seja por segundo
por um beijo mesmo breve
por que te amo
no sol no sal no mar na neve
Artur Gomes
poema do livro Juras Secretas
Litteralux – 2018
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Todo dia é dia D
santo de casa
não faz milagre
já me dizia Padre Olímpio
lá pelos idos de 1974
dentro da tipografia
depois aprendi com Torquato Neto
que todo dia é dia dela
todo dia é dia d
e então poesia é o que entrego
ao desafeto
com toda flor do bem querer
Artur Gomes
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Meu corpo não trafega pelos mares de lisboa procura por corpos desconhecidos pelos búzios da pessoa que ainda em maresia me provoca quando passa em ventania pelas frestas das janelas dos navios e não viu meus olhos d'água em direção aos olhos dela
Artur Gomes
Drummundana Itabirínica
Lidiane Carvalho Barreto na Balbúrdia PoÉtica 9 falando o poema Itabapoana Pedra Pássaro Poema de Artur Gomes
12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ
tabapoana Pedra Pássaro Poema
uma metáfora
não é apenas uma metáfora
quando a pedra é pássaro
em gargaú
às 5 horas da tarde
as garças voam
em direção
ao outro lado da pedra
em guaxindiba
tenho em mim
que pássaros voam
peixes nadam
quando procuram
outro pouso
bracutaia eterna lenda
estranho pássaro
da pedra ouviu o grito
que voou de gargaú pro infinito
Artur Gomes
poema do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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Hoje
Balbúrdia PoÉtica 9
No Café Literário – 14h
12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ
Artur Gomes convida:
Clara Abreu + Grupo Gotta + Jailza Mota + Joilson Bessa + Lidiane Carvalho Barreto + Maycon Maciel + Paulo Victor Santana + Reubes Pess + Rossini Reis
Artur Gomes convida:
Clara Abreu + Grupo Gotta + Jailza Mota + Joilson Bessa + Lidiane Carvalho Barreto + Maycon Maciel + Paulo Victor Santana + Reubes Pess + Rossini Reis
Itabapoana Pedra Pássaro Poema
uma metáfora
não é apenas uma metáfora
quando a pedra é pássaro
em gargaú
às 5 horas da tarde
as garças voam
em direção
ao outro lado da pedra
em guaxindiba
tenho em mim
que pássaros voam
peixes nadam
quando procuram
outro pouso
bracutaia eterna lenda
estranho pássaro
da pedra ouviu o grito
que voou de gargaú pro infinito
Artur Gomes
Do livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
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https://fulinaimamutiprojetos.blogspot.com/
choveu pedra em São Francisco do Itabapoana se de gelo ou granizo inda nem sei só depois da apuração da comissão de inquérito instaurada por alguns moradores da localidade do Macuco saberei.
Federico Baudelaire
cada qual com sua Natureza , pode ser garoa ou correnteza , é o tempo comandando a sua Fortaleza
Zhô Bertholini
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O Sol de César
poema de Salgado Maranhão
do livro em processo
"ARTE DE MATAR"
O Extraordinário, Magistral, Magnífico, poeta Salgado
Maranhão, estará na 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ - dia 4 de
junho ao lado de Pedro Luis - na mesa Entre A Poesia E A Música - das 18:30 às
19:30h na Arena das Ideias -
Imperdível
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O poeta enquanto coisa
o meu lugar não é aqui
o meu lugar não é ali
o meu lugar é lá
onde garrincha entorta
os laterais esquerdos
dibla até o goleiro
e debaixo da trave
não faz o gol
um desacerto
volta ao meio do campo
para re-começar o desconcerto
Artur Gomes
O Sol de César
poema de Salgado Maranhão
do livro em processo
"ARTE DE MATAR"
O Extraordinário, Magistral, Magnífico, poeta Salgado
Maranhão, estará na 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ - dia 4 de
junho ao lado de Pedro Luis - na mesa Entre A Poesia E A Música - das 18:30 às
19:30h na Arena das Ideias -
Imperdível
*







Balbúrdia PoÉtica 9
A resistência através da poesia
Dia 4 – junho – 14h
Café Literário – 12ª Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes-RJ
Artur Gomes convida:
Grupo Gotta + Jailza Mota + Jilson Bessa + Lidiane Carvalho Barreto + Maycon Maciel + Reubes Pess + Rossini Reis
Kapi – presente – Lenilson Chaves – presente – Marielle Franco – presente – Maria Helena Gomes – presente – Ive Carvalho – presente – Lucia Miners – presente
Selvagem
" enterrem meu coração
na curva do rio"
peço
como pediu um índio
que, estrangeiro,
sabia falar a língua
da minha flauta alma,
índia que sou,
selvagem
Se as pernas cruzo
social,
em vernissagens,
a alma é acocorada,
ouvido alerta
para os ruídos
quase nada
de uma selva
em que, matreiro,
o inimigo surja.
Se, requintada,
canapés mordisco,
Dama da Corte,
a alma antropofagicamente,
rosna
o seu pedaço de caça.
Bebo na concha
das mãos
água riacho
quando levemente
seguro a taça
em que me servem
a mesma água.
O banho perfumado
em sabonete e shampoos,
é, apenas,
o verniz
que descascado,
desvenda o banho,
que, em meu rio,
limpo o corpo
com folhas
e flores abertas
madrugadas.
Jamais estive grávida,
mas prenhe;
nunca me nasceram filhos,
os pari,
quando meu grito
primevo
se fez soluço
ao agarrá-los,
fera,
e lambê-los
crias, curumins.
Cheiro, disfarçada,
o ar desses salões
e o meu faro
é faro de onça
na espreita
do perigo,
como só índio
e animal
sabem espreitar.
Meu grito de guerra
ecôa no silêncio,
se palavra cambaia
agride a minha
escuta
e não confundo
doce, àquela que amarga,
mesmo que enfeitada
em pétala de flor.
Sei exatamente
o curso do meu rio,
guia seguro,
mateiro,
meu irmão,
que me levará
a salvo
à clareira
em que adormeço.
Por isso peço:
"enterrem meu coração
na curva do rio".
E meu rio
é esse Paraíba
que se disfarça civilizado,
já que, em cidade corre,
mas que é,
como todo rio,
o que desliza na selva
em que algum dia
nasci.
Lucia Miners
Fulinaíma MultiProjetos
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