quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Sarau Gente de Palavra Homenageia Artur Gomes

fosse apenas uma palavra reta

carinho afeto e uma que ainda falta

nesse novo alfabeto que procuro tateio no escuro outras palavras signos signi ficar signi ficando signi ficado na hipotenusa do quadrado do cateto no silêncio que muitas vezes ouvi da flauta do hermeto nas trinta e cinco pausas de renata persigo a trilha em movimento pés descalços sobre a mata e as palavras brotam cachoeiras água corrente vem da fonte como sementes desejadas de brotar

 

Artur Gomes 

https://fulinaimargem.blogspot.com/


 Ikaro Max ontem na Patuscada lendo Mallarmè me.deu o toque - poema do livro O Homem Com A Flor Na Boca Sarau Gente de Palavra em homenagem a Artur Gomes

 

mallarmè me deu o toque

para Filipe Barbosa Buchaul Gomes

 

poesia é pau é pedra

palavra sem retoque

quem conhece o lance de dados

não joga com dado lance

 

não troca flecha por lança

nem armadura por bodoque

 

quem sabe que vida é fedra

não teme a hora do toque

 

nem quanto custa ler Roberto Piva

e ouvir Fil Buc com a sua banda de Rock

 

O Homem Com A Flor Na Boca

https://fulinaimatupiniquim.blogspot.com/



Sarau Gente de Palavra homenageia Artur Gomes

Fragmento do prefácio do livro O Homem Com A Flor Na Boca

Leia mais em https://fulinaimagens.blogspot.com/

 

Em FULINAIMAGEM 14 o tom  de diário se instaura com inscrição de data do acontecimento rememorado e transborda na escrita de si em que se revela o papel que a poesia e o teatro desempenham na escritura de seu trajeto como autor: “a minha relação poesia teatro poesia é visceral vital para o que escrevo como quem encena  a necessidade do corpo como expressão”. Artur Gomes, este homem com a flor na boca, anda a espalhar o veneno agridoce de sua poesia, numa obra em que não há fronteiras entre o artista, o cidadão, o personagem, o eu poético, a obra. Seu livro não é um objeto, mas um produto interno e nada bruto. A obra é sempre muito maior que o livro, pois este, matéria assim como o homem, finda. A obra, esse totem que se pode cultuar no altar da memória, está sempre presente. E é disso que o poeta fala: do tempo presente, do homem presente, da vida presente. Parafraseando Drummond, com O Homem Com A Flor Na Boca, “não nos afastemos, não nos afastemos muito”, vamos de mãos dadas com a poesia de Artur.

 

Adriano Carlos Moura

Professor de Literatura – IFFluminense, Campos dos Goytacazes-RJ – Poeta, Ator, Dramaturgo

 

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