BRIC A BRAC É MINEIRA
A BRIC XXII que veio para celebrar o centenário da Semana de
Arte Moderna de 22, foi toda editada em Belorizonte ao longo de 7 meses.
Tendo à frente o programador visual e ilustrador Romulo
Garcia e o poeta-arquiteto João Diniz, além da edição geral do poeta Luis
Turiba, a BRIC XXII será lançada na próxima quinta, dia 4, a partir das 17
horas, no espaço cultural Asa de Papel - rua Piauí, 631.
Esperamos todos lá num encontro que será histórico e
marcante para o poetariado literário mineiro.
Sua presença é fundamental para o sucesso da nossa jornada
Esta semana tive o imenso prazer de receber de Luis Turiba,
via Walter Colton, meu belo exemplar da BRIC XXII, uma edição especial da
revista experimental de poesia Bric a Brac, que foi editada em Brasília e
circulou nacionalmente nas décadas de oitenta e noventa. Essa impressionante
série de seis edições incluía não apenas poesia, mas também trabalhos gráficos
e visuais inovadores, entrevistas com nomes como Caetano Veloso e Manoel de
Barros e ensaios sobre cultura. Bric a Brac teve suas raízes mais profundas no
modernismo brasileiro, falando de modo geral, e esta edição comemora o
centenário da Semana de Arte Moderna realizada em São Paulo, Brasil, de 10 a 17
de fevereiro de 1922. Este foi um evento sísmico para a cultura brasileira, e
grande parte da arte brasileira desde aquela época dialogou e tem uma dívida
com os primeiros modernistas. Dito isto, a BRIC XXII é uma homenagem não só aos
pioneiros de 1922, mas a todos os 100 anos de poesia e outras artes, incluindo
reflexões e declarações sobre uma cultura e um povo hoje “sitiado”. O design e a produção desta edição
são visualmente impressionantes, e os colaboradores são notáveis bastante
conhecidos. A peça central é um ensaio de Augusto de Campos, fundador da Poesia
Concreta e, aos 92 anos, decano dos poetas brasileiros. O projeto foi
idealizado e dirigido por Turiba (poeta, amigo e colega veterano do Rio dos
anos 70) juntamente com a ajuda de outros, incluindo amigos como Luca Andrade e
Malu Verdi.
Luis
Turiba: Opinião do professor de português pela Universidade da
Carolina do Norte, Rob Anderson, sobre a BRIC:
A revista de poesia BRIC XXII segue seu destino cantando e
encantando seus leitores e participantes.
Recebo do poeta-professor Marcos Fabrício, mineiro de
Brasília, o seguinte comentátio, luz em cima da nossa edição:
Luis Turiba: Revista de invenção plural e argumento robusto,
Bric-a-Brac, diretamente do Brasil criativo, deseja que o Brasil real acorde
urgentemente desse pesadelo provocado pelo Brasil oficial. Encontramos, em
páginas formidáveis e bem-feitas, razões e sentimentos relevantes,
desenvolvidos entre as rotinas do corpo e as aventuras do espírito. Nesta
publicação, a inteligência é promovida por um time autoral que admira a
diversidade e respeita a democracia. Sobre a tradição e a modernidade,
Bric-a-Brac oferece perspectivas ousadas e destemidas. E abre caminhos para a
encruzilhada de saberes artísticos, literários, culturais, educacionais,
comunicativos e ambientais. Por isso, em notável espaço de letras autênticas,
dúvidas e certezas promovem um grande desfile de reflexões e sensibilidades.
Cem anos de Modernismo, por exemplo, são outros quinhentos com a leitura de
Bric-a-Brac.
(Marcos Fabrício
Lopes da Silva).