para Paulo Ciranda, Brício Marcelino, Monica Elias, Sady Bianchin e Marcela Giannini
itaipuassu pra que te quero
"pedra grande que faz barulho" em tupi-guarani
itabira drummmundana itapemirim
itaipu pedra que canta
itacoatiara o que será ?
tapera caiçara curumim
cobra de vidro olho d´água
oca de pedra aldeia praça campo
que não medra
trilha de morro pedra que brilha
pedra riscada pedra pintada
onça parda
tanta pedra estamos pedra
antes que fedra
o que será?
vestígios da pedra pequena
orixá da pedra grande
sagrado no livro das pedras
itaoca pedra da casa sorocaba
ibitioca serra estourada
BR/101 marginal da estrada
rio dos lagartos
cacomanga curuminha
ururaí o que será?
baobá/mar/árvore da vida
por onde vim parar em Maricá
Artur Gomes
19 outubro – 2025
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Balbúrdia PoÉtica
Itabapoana
pedra pássaro poema
era uma vez um mangue
e por onde andará Macunaíma?
na sua carne
no seu sangue
na medula no seu osso
será que ainda existe
algum vestígio de Macunaíma
na veia do seu pescoço?
tá no canto das sereias
tá no rabo da arraia
nos becos nas favelas
na teoria dos mistérios
dos impérios dos passados
nas covas dos cemitérios
desse brasil desossado?
macunaíma não me engana
bebeu água do paraíba
nos porões dos satanazes
está nos corpos incinerados
na usina de cambaíba
em campos dos goytacazes
macunaíma não me engana
está nas carcaças desovadas
na praia de manguinhos
em são francisco do Itabapoana
macunaíma não me engana
viveu na contra mão
foi assassinado na chacina
da penha
e no complexo do alemão
Artur Gomes
Poema d o livro Itabapoana Pedra Pássaro Poema
Litteralux – 2025
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caminho dos goytacazes
vou me embranhar por aí nas trilhas de Anchieta para ver se encontro goytacazes pelo Vale do Paraíba. Macunaíma vai na bagagem. Quando chegar em Taubaté, toamos uma uma pinga dobramos a esquerda e mergulhamos em Ubatuba e São Luis do Paraitinga. Não pense lady senhora que desviei do assunto, é que Tarcila Baudelérica das mata de piracicaba descobriu que Serafim Ponte Grande conheceu o bando das traquinagens, e sem nenhuma sagaranagem e sem demora, também se decidiu e vai junto.
Artur Kabrunco
Por Onde Andará Macunaíma?
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Mutações em Pré-Juízo
corri pelos fundos por cima dos muros
na minha escuridão vaguei proibido
quebrei a cruz levei o cristo
não via luz por causa disto
transpus a porta entrei tremulante
no chão enfestado de heróis e monumentos
descobri os portos recobri os ossos
revistei os corpos encontrei os mortos
um urubu me testemunha um outro louco me acompanha
o túmulo da minha alcunha e cúmulo se me apanham
debaixo dos girassóis de cara nesse lugar
nas trevas dos caracóis a luz fosca do luar
com a cruz que carreguei sem ninguém para impedir
a cruz santa que quebrei sem ninguém a proibir...
e o meu todo mente e sangue para mim desconhecidos
antepassado dom meu dono, me deu sono me deu medo
e então movido por instinto quebrei os olhos para o mar
cravei as patas no silêncio recomecei a caminhar
quebrei a cruz levei o cristo que comigo se afastou
deixando só no meu deserto o velho pé de inspiração
passei a porta de retorno ao débil mundo que saíra
e vi por trás das minhas costas
os olhos grande que me espreitam
me cobrando do pecado me cobrindo de pesar
não me espreite dona morte a senhora vai cansar
quebrei a cruz levei o cristo
iluminei o chão/caminho
agora então por causa disto
um urubu me testemunha
um outro louco me acompanha
ao túmulo da minha alcunha
a cova da minha entranha
Artur Gomes
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A Biografia De Um Poeta Absurdo
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