Balbúrdia PoÉtica
Geleia Geral – relâmpagos
faíscas da surpresa
viver é delicado
argumento de samba
sentimento de fado
Lau Siqueira
faíscas da surpresa é um termo encontrado pelo professor e crítico Fábio Lucas, para definir os poemas publicados no projeto: Vista-se de Poesia, criado por Artur Gomes no verão de 1985 – e hoje deve ter mais Balbúrdia PoÉtica, mas como já estou na estrada novamente em direção a Iriri vou perder essa.
Dia 7 de setembro tem Feira Cultural no Morrinho, o reduto da Mocidade Louca, a minha Escola de Samba da Juventude em Campos dos Goytacazes – porque atualmente a minha atual é a Mocidade Independente de Padre Olivácio – A Escola de Samba Oculta no Inconsciente Coletivo – A Sylvia Paes já me avisou que vai estar presente -
Luis Turiba dá o toque: Todo Dia É Dia D Poesia Todo Dia enquanto a Bric a Brac não vem me leiam no ArteCult.com pra sacudir a calmaria com Jorge Ventura também, que o trem das 7 já vem vindo com Raul Seixas resumindo os seus 10 mil anos atrás.
Meg a que não Lee mas muitas vezes vi querendo lê-la em tantas páginas em branco que não escrevi por noites claras que vivi sem ao menos vê-la e tanto que desejava tê-la e não tive Stive Wonder me disse que em ninhos de juriti as altas ondas disseram que esse mar tem mistérios com asas de bem-te-vi e voa prá lá e prá qui.
É urgente e preciso estar atento e forte, ontem na estrada para o norte no sul do Espírito Santo, encontramos um carro forte com seis espíritos de porcos tentando prender um poema, no para-choque do carro ligado no Jimmi Hendrix.
era uma vez um mangue
e por onde andará
Macunaíma?
Terminaram ontem as inscrições para a 5ª Edição do Festival Cine Urutu. FESTIVAL CINE URUTU é o primeiro festival de cinema de Pindamonhangaba, interior de São Paulo.
Em 2025, será realizada a 5ª edição do evento, organizado pela produtora Casa Cinematográfica e IACAM - Instituto Artístico e Cultural Arte Mais.
São aceitos curtas-metragens de até 20 minutos em língua portuguesa ou legendados.
Tem uma velha geladeira no Carioca Bar que pode estar cheia de livros para qualquer um se deleitar no universo das letras palavras soltas ao vento reunião de elementos que fazem o povo pensar, e pensar é mais que preciso e nesse momento é urgente pra que gente que vira bicho voltar de novo a ser gente
desejo-te pelo menos
enquanto resta
partícula mínima
micro solar floresta
sendo animal da mata atlântica
quântico amor ou meta física
tudo que em mim não há respostas
Federico Baudelaire
diariamente no blog
https://fulinaimagemfreudelerico.blogspot.com/
O Boi-Pintadinho
levanta meu boi levanta
que é hora de viajar
acorda boi, povo todo
povo e boi tem que lutar
levanta meu boi mineio
pintadinho e brasileiro
ninguém quer que o ferro em brasa
entre vivo sem seu traseiro
boi-animal de minha casa
mugindo em berro e desespero
levanta meu boi levanta
levanta meu boi menino
de poucos anos de história
tua carne não foi santa
nem santa a carne será
cataram teu ouro todo
e secarão teu paraná
levanta meu boi levanta
levanta que é tempo ainda
boi do frevo de Olinda
pois as tardes que eram mansas
estão caiadas de suor
mas teu passo é uma dança
vem traze coisa melhor
Fragmento do livro O Boi-Pintadinho de Artur Gomes, musicado por Paulo Ciranda – música vencedora do Festival de Miracema em 1981 – posteriormente
Cantamos na TVE-Rio e em 1982 Ciranda cantou O Boi-Pintadinho no programa Som Brasil pilotado por Rolando Boldrin na TV Globo.
O livro O Boi-Pintadinho, foi lançado em 1980com prefácio de Osório Peixoto Silva e imediatamente o transformei em Auto para Teatro Popular de Rua. Na primeira versão ainda em 1980, tínhamos no elenco, personas do teatro popular de Campos dos Goytacazes-RJ, como Amauri Joviano(dançarino), Pavuna, Verton, Ferrugem, Guilherme Leite, Gina Ruelles e Rosinha (Garotinho). A orquestra do Boi, era formada por estudantes da ETFC(Escola Técnica Federal de Campos), integrantes da Banda Marcial Olímpio Chagas.
Em 1981 passaram a integrar o elenco alunos da Oficina de Teatro, que dirigi de 1975 a 2002. Houve um período nessa época, que o meu parceiro Paulo Ciranda, morou em São Paulo, no apartamento do seu irmão Zilmar Araújo, que era técnico de gravação da gravadora Continental.
Nas minhas idas e vindas a São Paulo conheci um grupo de Teatro que encenava na época o espetáculo teatral Bumba-Meu-Queixada, veja no link abaixo:
file:///C:/Users/artur/Pictures/jornal-olho-vivo-nc.pdf - esse espetáculo me deixou criado dentro de sindicato de metalúrgicos, me deixou por 7 anos, refletindo o que fazer com o meu Boi-Pintadinho.
E em 1987 criamos a Ciranda do Boi Cósmico, um boi vestido de poesia, criado por Marcos Guimarães Maciel, professor do Laboratório de Eletro da então ETFC. Por ser um boi-eletrônico só encenávamos com ele pelas ruas de Campos em horário noturnos, porque seus olhos, duas lâmpadas movidas por uma bateria de 6 volts, piscavam de acordo com os seus movimentos.
O meu boi pernambuc
ano
dos cordéis dos Garanhuns
cada verso em teus açoites
rasga os panos dos nenhuns
com as espadas de São Jorge
com as rezas dos Oguns
o meu boi é brasileiro
êta boi cabra concreto
se um dia passa fome
noutros dia nós come
o campos neto
o meu boi é veranista
o meu boi é macutraia
misturamos Macunaíma
com o lendário bracutaia
ê meu boi da paraíba
mesmo fosse alagoano
nosso Brasil é soberano
e não vamos nos render
pra esse tal de trump americano.
Artur Gomes
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Coletivo Macunaíma de Cultura
TransPoÉticas
Coletânea de Poetas Vivos
mudança
com eu posso esconder
quando a tristeza é quem me vê
quando a própria vai além
e me leva de refém
de forma crua , uma mudança nua
com pessoas que eu não conheço
visões que eu não me lembro
cheiros que eu não conheço
listas que eu não fui membro
caminhos que eu não andei
corações que nunca amei
nostalgia que me deixa leve
por palavras vãs
que me trazem paz
do furacão que me desfaz
e que cresce, cresce e cresce
me corrói e me destrói
e me leva
cada vez mais para o centro
e eu não dou um passo
não faço um movimento
não grito por ajuda
não choro e nem pergunto
de quem foi a culpa
E mesmo ainda temendo e tremendo
do tremendo vazio
que se faz aqui dentro
procuro alívio nas brechas do sentimento
tentando controlar tudo o que ainda
dói
e como dói.
Yasmin Armaroli
Obs.: Yasmin é uma menina de 13 anos que conheci ontem na
minha noite dos 77 no Carioca Bar, é estudante do Colégio Estadual João Pessoa,
em Campos dos Goytacazes-RJ, deu tio Eduardo Armaroli e sua mãe Renata
Armaroli, sãos os proprietários do Carioca Bar, que fizeram questão que ela fosse ontem me conhecer. Com este
poema ela ganhou o Festival de Poesia do C. E. João Pessoas.
Artur Gomes
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O Homem Com A Flor Na Boca