sexta-feira, 22 de julho de 2022

Geleia Geral 353

 


LEMINSKI E OS PERRENGUES DA BRUTALIDADE JARDIM

Há situações que poucos artistas gostam de mencionar, mas que considero importantes testemunhos para o entendimento de uma época.

Convivi muito com Paulo Leminski na segunda metade dos anos 80. Ele estava tentando se estabelecer em São Paulo e ficou hospedado no apartamento da cantora Fortuna, minha namorada na época. Já o conhecia e tínhamos um vínculo vigoroso, que se fortaleceu ainda mais no convívio quase diário deste período.

Leminski, ao contrário do que muitos pensam, era famoso em vida, tanto quanto um poeta pode ser. Mas, mesmo com sua intensa atividade criativa - e jornalística também - e com a repercussão de sua arte e de seu pensamento, passava perrengues do ponto de vista da sobrevivência.

Lembro de muitas situações e lembro vivamente de suas palavras, repetidas em diferentes circunstâncias: "O nível de competição no sistema capitalista está chegando a um estágio darwiniano."

Trocando em miúdos, em nosso bom e velho portuga-brazuka, o que ele estava dizendo era: "a sobrevivência está se tornando e se tornará cada vez mais barra pesada."

A minha leitura é que ele intuía com nitidez o neoliberalismo brutal que estava se instalando. Estou falando de um contexto que remonta há mais de 35 anos.

Um panorama dominado pelo culto exacerbado ao dinheiro, pela competição desmedida para consegui-lo, e pelo consequente desprezo pelas coisas da imaginação e do espírito criativo. Desprezo que chegou ao auge na era bozozóica, mas que já vinha sendo preparado pela entronização suprema do Deus Mercado, em que o "valor" das coisas criativas é avaliado quase que unicamente pelo seu sucesso de vendas.

Lembro muito bem das palavras de Leminski em uma entrevista: "Escritores acham indecente a ideia de o livro ser subvencionado pelo Estado em Cuba, mas não acham indecente seus processos criativos passarem pelo crivo de editoras comerciais, o que vale dizer, pelo mercado." Cito de memória, mas para os menos apressados, há um vasto campo de reflexão nessas palavras.

É possível que intuísse que neste panorama não haveria mais espaço para sua existência física, a existência de "um poeta em tempo integral", como se auto definia e como comprovava quem partilhava de seu cotidiano. Alguém entregue 24 horas por dia ao exercício do pensamento e da atividade criativa - por consequência, inábil e sem paciência para o mundo cão da sobrevivência.

Hoje o mercado e, felizmente, seus herdeiros, parecem faturar razoavelmente bem com sua obra. Algo que ele mesmo não conseguiu usufruir.

E isso diz muito a respeito de uma época. Época cão - sem ofensas a nossos queridos e adoráveis animais domésticos.

 

Ademir Assunção


“Sou, por temperamento, um vagabundo. Não quero dinheiro tanto a ponto de ter de trabalhar por ele. (...) Uma das coisas mais tristes que existem é que a única coisa que um homem pode fazer durante oito horas por dia, todos os dias, é trabalhar (...) E é por essa razão que o homem faz a si mesmo e a todos os outros tão miseráveis e infelizes.” (William Falkner)


É triste explicar um poema. É inútil também. Um poema não se explica. É como um soco. E, se for perfeito, te alimenta para toda a vida.”

 

                                                    Hilda Hilst


EXTINÇÃO


Somos pedra, somos sopro - e somos o próprio tempo.
Somos sempre - e somos por enquanto.
Estamos tardios.
Destruímos a madrugada.
Voltamos à escuridão dos dias.
As noites nos são lágrimas amargas.
Nossas mãos estão fracas.
Os caminhos não mais indicam promissores ventos.
Tempestades estão anunciadas.
Somos rasgos no horizonte.
Ambiguidades desmedidas.
Esquecemos as regras, as regas, as podas.
As flores na varanda estão secas.

Somos poeira - e somos ventanias.
Estamos confusos.
As barbáries estão nas ruas.
Estamos cegos ao longo, ao largo
não vemos a distância - nem perto.
Miopias de hipótese,
de pensamento,
e de entendimento.
As sementes no quintal já não querem o broto.

Somos perdas - e somos restos.
Estamos arredios.
Dispersos. Raivosos.
Destruímos a ternura.
Mergulhamos em varreduras,
corações hipotecados
por nenhum preço estabelecido.
As crianças, sem horizontes, estendem tristezas endurecidas.

(Nic Cardeal, em 04.07.2019
)


O Brasil está decaindo até a Barbárie

Diz Tom Zé que lança “Língua Brasileira”

 "Língua essa que também marca sua identidade hoje no contraste com o inglês —tematizado em "Metro Guide"— e na poesia rascante do portunhol selvagem —"San Pablo, San Pavlov, San Paulandia", única música que Tom Zé assina em parceria, no caso com Douglas Diegues. Ou seja, uma língua impura e, mais do que isso, rica pela impureza.”

 

"Por fim, há a máxima subversão-molecagem, uma (im)possível síntese da "língua brasileira" defendida pelo baiano. Nada menos do que rasgar ao meio a palavra "latrinas" convertendo o som de "tr" num sonoro peido, no instante em que o migrante pergunta para a porção burguesa da metrópole de "San Pablo, San Pavlov, San Paulandia" o que "seria de ti sem nosostros los mais paraguaios, los kabroboles, los kabras de la peste". "E quem, quem limparia vostras latrinas?" Invenção e revolta, humor e experimentalismo —a língua deste país, a música de Tom Zé."

 

— Fragmentos de matéria bem bacana do Leonardo Lichote sobre LÍNGUA BRASILEIRA, del genial Tom Zé, na Folha Ilustrada deste sabadón canalha, careta y cobarde. En la nota del link citam la parceria com Tom Zé. Mas na versão impressa saiu assim:

 

"Língua essa que também marca sua identidade hoje no contraste com o inglês —tematizado em "Metro Guide"— e na poesia rascante do “portunhol” selvagem —"San Pablo, San Pavlov, San Paulandia". Ou seja, uma língua impura e, mais do que isso, rica pela impureza.”

Ou seja, cortaram la frase: "única música que Tom Zé assina em parceria, no caso com Douglas Diegues."

 

O que será que las bichas pseudo-londinenses que editam la Folha Ilustrada atualmente têm contra el nombre Douglas Diegues y el portunholito selvagem?


O ENCONTRO


somos ecos
de uma voz
antiga
ressoando
secularmente
milenarmente
nas praias
da verdade
sopros
de ausência
restituída
agora
encarnada
vívida
e a ser vivida
amor
batendo
às portas
do coração
da eternidade

 




 TRÊS TOQUES PARA PENETRAR NA NOITE ESCURA  DESTA

PÁTRIA A(R)MADA

1

Artur Gomes é daqueles poetas que não se contentam em grafar suas palavras apenas nas páginas de um livro. Ele inscreve seus poemas no próprio corpo, na própria voz. Misto de ator saltimbanco e trovador contemporâneo, seus versos ritmados e musicais redobram a força quando saltam do papel para a garganta. O CD Fulinaíma – Sax, Blues Poesia, que gravou em parceria  com os músicos Dalton Freire, Luiz Ribeiro, Naiman e ReubesPess, nos primórdios deste terceiro milênio, é uma das experiências mais bem-sucedidas da fusão entre poesia oralizada e música: os versos lancinantes surgem como navalhas de corte preciso entre os blues, bossas, rocks e baladas. Navalhas que acariciam, mas também cortam a pele do ouvinte.

 Fragmento do prefácio de Ademir Assunção

 Leia mais no  Blog

https://arturgumesfulinaima.blogspot.com/

 

Sarau Geleia Geral 353

 A partir de agosto, iniciaremos as Edições do Sarau Geleia Geral 353  na Estação 353 – Macuco – São Francisco do Itabapoana-rj.

A princípio o cardápio será servido  com música e poesia.

 Posteriormente pensaremos a possibilidade de outras ações multilinguagens.  O início deste invento está  previsto para a noite de 27 de agosto – 2022 - quando a máquina desse que voz escreve chega aos 7.4. super bem vividos, com todas as sagaranagens fulinaímicas a que tenho direito.

 Leia mais no blog

https://fulinaimargem.blogspot.com/



Fulinaíma MultiProjetos

fulinaima@gmail.com

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

22 – 99815-1268 – whatsapp

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Jura Secreta 16

  



Jura Secreta 16

                                         para May Pasquetti

 

fosse esta menina Monalisa

ou se não fosse apenas brisa

diante da menina dos meus olhos

com esse mar azul nos olhos teus

 

não sei se MichelÂngelo

Da Vinci Dalí ou Portinari

te anteviram

no instante maior da criação

 

pintura de um arquiteto grego

quem sabe até filha de Zeus

e eu Narciso amante dos espelhos

procuro um espelho em minha face

para ver se os teus olhos

já estão dentro dos meus


 

Jura secreta 17 

meu objeto concreto 
é um poema abstrato 

impressionista realista 
quem sabe neo concretista 
poderoso artefato 

uma bomba de Hiroshima 
uma rosa parafina 
ou quem sabe uma menina 
que conheci só no retrato 

 

 Jura secreta 18

 

te beijo vestida de nua
somente a lua te espelha
nesta lagoa vermelha
porto alegre caís do porto
barcos navios no teu corpo

os peixes brincam no teu cio
nus teus seios minhas mãos
as rendas finas  que vestias
sobre os teus pêlos ficção

 

todos os laços dos tecidos
aquela cor do teu vestido
a pura pele agora é roupa
o sabor da tua língua
o batom da tua boca
tudo antes só promessa
agora hóstia entre os meus dentes

 

e para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado
se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa

 


Artur Gomes

do livro Juras Secretas

Editora Penalux – 2018

clique no link para ver  o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=PEqNDRELaPk&feature=share...





Fonética das cores

3 dentadas no pão e a faca suja de manteiga

entreguei-me ao desejo de olhar o corpo do poema nu ainda virgem deitado sobre a grama no quintal do casario no cafezal rolava um blues vestido de algodão branca flor entre as sílabas tônicas e a fonética das cores entre o vão das coxas brancas de alfazema sopravam ventos de alecrim

Artur Gomes

O Poeta Enquanto  Coisa

Editora Penalux - 2020

SINOPSE:  A poesia de Artur flui feito pluma ao vento, “a lavra da palavra quero seja pele pluma onde Mayara bruma já me diz espero, saliva na palavra espuma onde tua lavra é uma elétrica pulsação de Eros”. No entanto, a despeito da leva da linguagem que segue o ritmo interno da inspiração do poeta, camufla em partes, em outras escancara, o caráter ardente da poesia que chama por Eros.  Repleta de paixão e de fogo, as imagens de amantes, as analogias do sexo desprendem deste clamor contido no peito de Artur, mas que, pelo fazer das letras desenvolve-se na liberação dos desejos mais sensuais, “essa ostra no mar das tuas pernas”, ou mesmo quando o poeta compara a procura pela  palavra com o escavar libidinoso que os amantes fazem um pelo corpo do outro, “tudo o que quero conhecer a pele do teu nome / a segunda pele o sobrenome / no que posso no que quero”. Embora, por ser poesia, as palavras sejam como “flor”, esta metáfora, esta alegoria bela e perfumada exala da queimada ardente da linguagem, feito mulher prenhe de libido, “a pele em flor a flor da pele / a palavra dândi em corpo nua / a língua em fogo a língua crua / a língua nova a língua lua”. Esta poesia tão luxuriosa incendeia o solo urbano, tanto quanto a natureza, falando da monotonia urbana de São Paulo, que alucina a sobriedade do poeta com sua beleza cruel, cidade no qual o “matadouro” é a arte concreta. Mas feito pluma ao vento a poesia de Artur enxerga o fogo da paixão, da convicção voando também para longe da violência e tribulação urbana, pairando sobre a mágica enamorada das praias, do vento, das sombras, da natureza, local onde residem os aspectos matrimoniais da união homem-mulher, “qualquer que seja a hora em que se beijam num pontal em comunhão total com a natureza”. As juras do poeta ardente profanam o sagrado, quando em sua retórica e discurso extrapolam a rigidez das formas, mas, em ousadia apelam para as rezas e para o caráter inviolável das promessas com uma “violência antropofágica erótica”.


 Lei mais no blog

https://secretasjuras.blogspot.com/


sexta-feira, 15 de julho de 2022

Geleia Geral - Revirando A Tropicália - Vamos Devorar 22

 



Geleia Geral – Revirando A Tropicália

Semana de 22 – 100 Anos Depois

Segunda Edição

Dia 22 julho - 2022 – 19h

Santa Paciência – Casa Criativa

Rua Barão de Miracema, 81 – Campos dos Goytacazes-RJ


Programação

Geleia Geral Performance - Alunos da Oficina de Teatro Adulto do Estúdio Gente é pra Brilhar e não pra Morrer de Fome.

Direção: Frenando Rossi e Rodri Mendes


Mesa de Bate Papo

Carnaval e Antropofagia –

Com Marcelo Sampaio - "Não fomos catequizados, fizemos foi Carnaval! Fazemos ainda? Em Campos não".

 + Teresa  Peixoto  Faria  – Carnaval Festa da Carne


Música

Marcella Roza - violão e voz 

Luiz Marcel0 da Roza -teclado e trombone -   com repertório musical  selecionado especialmente  para esta edição 



Roda de Poesia

Com - Artur Gomes

+ Cristina Cruz

+ Joilson Bessa

 

Leia mais Gelia Geral no Portal Viu  www.portalviu.com.br




Fulinaíma MultiProjetos

concepção: Artur Gomes

www.fulinaimagens.blogspot.com

 design gráfico: Tchello d´Barros

fulinaíma@gmail.com

22 99815-1268 – whatsapp

www.centrodeartefulinaima.blogspot.com

Nação Goytacá

www.fulinaimargens.blogspot.com

Por Onde Andará Macunaíma

www.coletivmacunaimadecultura.blogspot.com 


quinta-feira, 7 de julho de 2022

 


BRIC XXII: O RENASCER DE UMA INVENÇÃO POÉTICA

 A revista que fez a primeira grande entrevista com Manoel de Barros!

No ano em que celebramos o centenário da Semana de Arte Moderna de 22, data inaugural para a moderna cultura brasileira, a revista Bric-a-Brac emerge do seu silêncio de anos e volta a circular desafiando os limites da estética do modernismo e o cerco que se abateu sobre a cultura nacional. A revista terá 110 páginas, toda em papel couchê, colorida para quebrar o tempo cinza-fumaça. Na pré-venda, durante o pré-lançamento em junho, foram vendidas 120 revistas de uma tiragem de mil exemplares.

 A BRIC XXII será lançada nacionalmente em Brasília na próxima quarta, dia 13, no Bar/restaurante Beirute Sul – Comercial da 109. Depois em Belo Horizonte no espaço cultural Asa de Papel. No Rio, em agosto temos um convite para lançá-la na Associação Brasileira da Imprensa (ABI); e em São Paulo na Casa das Rosas, na Avenida Paulista. A BRIC poderá ser lançada também na tradicional Feira do Livro de Porto Alegre. A revista contou com um apoio publicitário do GDF e de algumas pequenas e médias empresas de Brasília. Sua gestação durou exatamente nove meses: um parto. Poesia é tensão e a provocação começa pela capa, onde um poema-visual legenda-realidade anuncia: “2022, O PAU-BRASIL SANGRA”. Um retrato brasileiro que teima em resistir numa fotografia-fogueira do poeta carioca Xico Chaves: a árvore que dá nome ao nosso país queima e sangra no Jardim Botânico do Rio – saudade de Tom Jobim.

 O visual, criado pelo designer mineiro Rômulo Garcias, editor gráfico da BRIC, retrata a angústia das florestas sob o ataque dos incêndios criminosos e do corte da madeira bruta por seus exploradores na região amazônica e no Pantanal.

E, na “folha de rosto” da revista, lá vem a SANTA BALA, uma bala de fuzil vestida de santa, visual do eterno Luís Eduardo Resende, o Resa, o designer que criou a visualidade das seis (6) revistas editadas de 1985 a 1992; além de um álbum de poemas em lâminas serigráficas, e um catálogo de 112 páginas da exposição “BRIC-A-BRAC – 21 ANOS”, que ocupou o salão principal da CAIXA Cultural, em Brasília, em 2007. A revista nas suas primeiras páginas, mostra os dentes antropofágicos.

 Nesta edição, fazemos uma homenagem à memória do querido Resa. A atual edição reúne mais de 60 participantes com textos poéticos, crônicas, artes gráficas e grafismos, além de textos que sustentam a proposta acadêmica e histórica da edição. BRIC XXII, um “biscoitão fino” realimentando a invenção na Poesia para as massas.

 Atenção especial ao artigo “22 e Noigandres” (pg 32), do mestre Augusto de Campos que, aos 92 anos, pesquisou e relembrou fatos até hoje ainda inéditos da convivência entre os concretistas e os modernistas de 22, especialmente Mário e Oswald de Andrade.

 Uma viagem-pesquisa nos oferece o poeta, professor e acadêmico Antonio Carlos Secchin em conversa informal com o editor Luis Turiba, onde apresenta e comenta os dez (10) livros que mais lhe chamam a atenção na fase heróica e provocadora do Modernismo.

 Ao longo de oito (8) páginas, cada um desses livros, foram comentados e fotografados em sua grandeza secular e canônica. Uma surpreendente carta-manifesto assinada pelo poeta negro Arnaldo Xavier (falecido em 2008), comenta o livro “O CIO DAS CORES” de outro poeta negro, o também professor Éle Semog. E, amarrando as questões levantadas pela carta, um ensaio do poeta-crítico Ronald Augusto. Um papo de “criohoulo para criohoulo”.

 A professora e pesquisadora de Pós-Graduação da UnB, Sylvia Cyntrão nos brinda com o ensaio “Ecos Contemporâneos dos Manifestos Artísticos de 22 – Reflexão sobre Arte e Cultura Nacional. O jornalista-poeta Paulo José Cunha relembra, numa carta saudosista, a angústia do poeta tropicalista Torquato Neto, quando este estava às voltas com a edição da histórica revista NAVILOUCA nos anos 70.

 Além de tudo isso, uma entrevista com o antropólogo-poeta Antônio Risério sobre o marketing político tão em voga no Brasil de hoje. A BRIC XXII se apresenta envolta em textos, poemas e visuais que retratam o Brasil de hoje, seu radicalismo, a negação, o vou-não-vou, mas a esperança-viva é a resistência da palavra poética. Afinal, “armar-se não é amar-se. E assim fez-se o mar que engolirá o sertão”, anuncia o editorial O PAU BRASIL SANGRA. E propõe: “Múltiplas encruzilhadas. Não à uniformidade. A vitória do conflito sobre o confronto: 100 anos depois, o carnaval continua sendo a festa da raça. Viva a Vaia! Cala a boca já morreu!”

 

Editor: Luis Turiba - WhatsApp - (021) 98288-1825 Conselho Editorial: Romulo Garcia (Editor gráfico); Editores auxiliares: João Diniz, Jairo Fará e Luca Andrade

afio ainda mais a carNAvalha

  afio ainda mais a carNAvalha em cada trilha em cada tralha fora do trilho pra não ser atropelado por algum trem descarrilhado o poema aind...